Salvador: oceano de ritmos, arquitetura e arte
Sob os batuques do Olodum, as muitas cores do Pelourinho recepcionam ao melhor estilo baiano os visitantes que chegam a Salvador. A cidade ficou mal vista durante muitos anos em decorrência da violência. Do mesmo modo, não são raros relatos de turistas que se sentiram “assediados” por vendedores que pareciam “não ter limites”. No entanto, nossa visita à capital da Bahia em janeiro deste ano se mostrou surpreendente a despeito dos muitos “avisos” que recebemos. Com policiamento ostensivo, as conversas com moradores revelaram que o Pelourinho mudou muito nos últimos meses e vive um novo período. Está reflorescendo.
Salvador é um dos lugares que mais influenciam a cultura de massa no Brasil. Andando pelas ruas do queridinho dos gringos, o Pelourinho, o visitante é apanhado em meio a um oceano de ritmos, arquitetura e arte que fundem o mais essencial do país. Cravejadas de igrejas históricas (no total são 372 templos na cidade) e um casario colorido pitoresco, as ruelas de paralelepípedos rebeldes se fundem umas às outras, trazendo inúmeras opções de apresentações culturais, além de lojas, barzinhos, restaurantes, hotéis e pousadas. Ao mesmo tempo, o ritmo tipicamente de-va-gar do baiano vem abraçando, trazendo um sossego e um prazer em celebrar tudo o que é festa. Malemolência difícil mesmo de descrever.
Foto: Rebeca Gehren
Fora do Centro Histórico, a Barra e o Rio Vermelho ganharam há alguns anos nova urbanização. Na orla da Barra, uma série de hotéis novos e com bom custo-benefício dão ao turista uma hospedagem de frente para o mar – se for a Praia da Barra, melhor ainda. Que azul profundo! Logo ali, pertinho, está o Farol da Barra, edificação do século 17, que além de um museu náutico, tem uma torre de 22 metros de altura para visitação. Atrás do farol é um dos melhores pontos para se assistir o pôr-do-sol caindo no horizonte do mar.
Ainda falando em pôr-do-sol, uma dica para aliar uma vista linda em um lugar confortável, com bebidinha e serviço de garçon é o Acqua Café (na Bahia Marina). Querendo mais agito para a noite, o Rio Vermelho é o lugar certo. O bairro mais badalado da capital, tem diversas opções de barzinhos, restaurantes, exposições e música ao vivo.
Além disso, Salvador é a porta de entrada para uma série de resorts ao norte do estado, como na Costa do Sauípe, Praia do Forte e Imbassaí. Seguindo para o sul também é possível chegar em praias paradisíacas, como em Morro de São Paulo, Boipeba e Gamboa. Foi para ir para lá que nós pegamos um vôo para Salvador e decidimos parar na cidade por dois dias. Não siga viagem direto, demore-se um pouquinho entre os educados e simpáticos soteropolitanos.
Por essas e tantas outras coisas, é preciso dizer: dê mais uma chance a Salvador.
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