Saiba quais são e como prevenir as cinco doenças mais comuns em cães
Quando os animais de estimação ficam doentes, eles costumam apresentar comportamentos diferentes ao habitual. No entanto, os próprios tutores têm dificuldade em identificar o que realmente está acontecendo com o seu cãozinho, até que sintomas mais graves apareçam. Para ajudar os pais e mães de pets, a DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina, levantou as cinco doenças mais comuns em cachorros e como os tutores podem preveni-las. Confira abaixo:
Doença do Carrapato
Muito conhecida entre especialistas e tutores de cães, a doença do carrapato é uma infecção que ataca o sangue do cachorro e pode levá-lo à morte se não tratada corretamente. Essa enfermidade ocorre nas formas de erliquiose e babesiose e ela é diagnosticada por meio de exames laboratoriais. “Caso o cãozinho apresente febre, falta de apetite e perda de peso, o tutor deve procurar um veterinário e realizar o exame de sangue. Quanto mais cedo descobrir a doença, mais chances de sucesso no tratamento”, comenta a veterinária Thaís Matos.
A melhor prevenção para a doença do carrapato é sempre manter a vacinação dos pets em dia, eliminar os carrapatos do local em que o cão vive e sempre higienizar o espaço com água, sabão e produtos de limpeza com pulgicidas e carrapaticidas na composição. O tutor também pode dar ao animalzinho a medicação específica de seis em seis meses e sempre usar xampu ou sabonete anti parasitas nos banhos.
Dermatite em cães
É uma infecção na pele causada por diferentes agentes que afeta principalmente os cães de pelagem longa e espessa, como o Golden Retriever e Border Collie. Os principais sintomas são perda de pêlos, coceira, vermelhidão na pele, lambidas e mordidas no local afetado, inchaço, pele seca e perda de pelo. O tratamento é a base de medicamentos de acordo com o tipo de dermatite identificado pelo veterinário, podendo ser oral ou injetável, ou apenas um tratamento na região afetada com sprays, pomadas e banhos.
Para prevenir a dermatite, os tutores devem cuidar da pele do animal, alimentação e limpeza do cachorro, além da atenção pré e pós banho e evitar contato com animais infectados com doenças de pele. No geral, cães de raça são mais propensos a desenvolver dermatite canina do que os sem raça definida, ou também conhecidos como os queridos vira-latas, comenta a especialista.
Otite canina
A otite é uma infecção mais comum em cães com orelhas caídas, como as raças de cockers, beagles e bassets, pois a orelha acaba tampando o canal auditivo do animal e facilita o acúmulo de umidade. A causa mais comum é a infecção por bactérias ou mista ou acúmulo de cera de ouvido, mas também pode ser provocada pela entrada de corpos estranhos como água, poeira, pedaços de algodão, além de fungos e parasitas como ácaros e carrapatos.
Geralmente, os cãezinhos que apresentam essa infecção costumam sentir coceira nas orelhas, feridas na parte de trás da região, cabeça inclinada para um lado, cera escura e malcheirosa, além de vermelhidão. O tratamento será feito com medicamentos de uso tópico orientados por um veterinário, além da higienização das orelhas. Para prevenir a otite canina, os pais e mães de cães de orelhas caídas devem sempre higienizar a orelha, pelo menos uma vez por semana, e caso o animal tenha pelos longos, é recomendado sempre apará-los. Em cães com orelhas em pé ou curtas, a higienização deve ser feita de 15 em 15 dias.
Parvovirose
A parvovirose é um tipo de infecção viral e se manifesta de duas formas: via gastrointestinal grave, causado por vírus contagioso e potencialmente mortal quando não tratado corretamente, e por uma doença que ataca o coração ao causar uma miocardite aguda e, em geral, é responsável por morte súbita em filhotes. O contágio do parvovírus ocorre através do contato com cachorros infectados ou fezes e vômitos infectados.
Animais infectados por parvovírus apresentam febre, letargia, vômito, diarréia, falta de apetite, hipotermia, taquicardia, desidratação, perda de peso e fraqueza. E a infecção deve ser identificada o mais rápido possível. A melhor forma de prevenir que seu cãozinho sofra de parvovirose, é sempre manter a vacinação em dia, especialmente, as vacinas V8 e V10. Já os filhotes não devem ser expostos aos locais públicos antes de concluir a vacinação, para evitar possíveis contaminações. Também deve-se evitar o contato com animais contaminados ou que eles sejam exposto ao mesmo ambiente em que vive ou viveu um animal com a doença. “É essencial manter o local que o animal vive sempre limpo com água quente, água sanitária e sabão. Além da higienização correta dos brinquedos e objetivos do cãozinho em água fervente”, alerta Thaís Matos.
Obesidade canina
O número de cachorros com obesidade canina vem aumentando muito nos últimos anos. As estimativas de cães acima do peso variam de 30% a 40% entre os cães domésticos brasileiros. As causas mais comuns da obesidade canina são a alimentação inadequada e pouco exercício físico. Raças como Akita, Beagle, Buldogue inglês e francês, Dachshund, Labrador, Pug e Rottweiler são mais propensos a desenvolverem a obesidade canina.
Para prevenir, é necessário consultar um veterinário para que ele entenda qual é o peso ideal e a alimentação adequada, além de traçar um planejamento no horário das refeições e atividades físicas. “O recomendado é evitar o máximo de petiscos industrializados, pois eles são ricos em gorduras e carboidratos, pobres em nutrientes e tiram o apetite para a ração equilibrada. O ideal é que o tutor opte por petiscos naturais, orientados por um especialista”, comenta a veterinária.