• Saiba quais cuidados tomar com animais em casos de incêndios florestais

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  • 05/07/2018 16:08

    Quando se fala em incêndio florestal a maioria das pessoas associam apenas aos prejuízos na vegetação, mas o que ainda pouco tem se falado são sobre os prejuízos que o fogo traz para os animais silvestres e, em alguns casos, os animais domésticos. O Plano de Inverno, que vem sendo realizado por diversos órgãos em conjunto com a Defesa Civil, neste ano também conta com a colaboração da Coordenadoria de Bem-estar animal (Cobea), para alertar e conscientizar a população sobre os perigos que as queimadas podem oferecer aos animais. 

    “Existe um plano de inverno para o ser humano, e por que não ter um para o bem-estar animal? Também estamos falando de vidas. E o animal depende da ajuda do ser humano”, destacou a coordenadora da Cobea, Elisabete Amorim. O Plano de Inverno: bem-estar animal, tem o objetivo de conscientizar a população, através de medidas preventivas, que o animal doméstico também pode ser afetado com os incêndios florestais, que acontecem, principalmente, entre junho e outubro, durante o período de estiagem.

    Nesta semana, três focos de incêndio florestal na cidade – no Quitandinha, Pedro do Rio e Bonfim – afetaram aproximadamente 87 hectares de mata. O bioma nessa área – fauna e flora – ficou praticamente destruído. As queimadas são perigosas, especialmente, para os animais silvestres que, na maioria dos casos não conseguem fugir e morrem, ou quando conseguem escapar acabam migrando para as áreas urbanas. 

    A coordenadora explica que, além dos animais silvestres, os animais domésticos também sofrem as consequências das queimadas. “A inalação da fumaça tem força suficiente para criar toxinas que podem deixar o animal desacordado ou desenvolver problemas típicos respiratórios”, destacou. 

    “As pessoas não costumam se preocupar com animais domésticos porque muitos pensam que eles fogem por conta própria em situação de perigo. O que muitas vezes não ocorre, porque eles ficam com medo, se escondem, e acabam sendo afetados”, completou Elisabete. 

    Algumas medidas preventivas podem ser tomadas para protege-los. A coordenadora lista algumas: se sair por um longo período ou viajar, deixe sempre a chave com algum vizinho ou parente, para que ele tenha acesso ao animal. Não deixe os animais acorrentados no quintal. Se o animal inalar fumaça leve-o imediatamente ao veterinário. E sempre identifique o pet, deixe na coleira o nome e o contato do tutor. Segundo a coordenadora, em muitos casos agentes da Defesa Civil, ou do Corpo de Bombeiros resgatam o animal doméstico em situação de perigo, mas eles se perdem dos donos por não ter uma identificação. 

    Nos casos dos animais silvestres, o comandante do 15° Grupamento Bombeiro Militar, tenente-coronel Ramon Camilo, recomenda que a população tome alguns cuidados. “Quanto a migração destes animais para a área urbana, orientamos para que a população tome o cuidado de não se aproximar. Sempre acione o Corpo de Bombeiros, e a Cobea, para que possamos fazer a captura e levá-los para um local mais seguro, para o habitat mais seguro”. 

    Segundo o comandante, nas ações de combate a incêndio os animais silvestres que são encontrados, são encaminhados para veterinários ou para a Cobea para que possam receber a destinação adequada. 

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