• Saiba como é a cela para onde foi mandado líder do PCC preso na Bolívia

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  • 19/maio 12:08
    Por Redação O Estado de S. Paulo / Estadão

    Apontado como sucessor de Marcola, o traficante Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, foi entregue à Polícia Federal brasileira no domingo, 18.

    Expulso da Bolívia, ele é considerado uma das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC) e estava foragido há cinco anos. Ele foi detido em Santa Cruz de la Sierra na sexta, 16, portando documentos falsos.

    Ele foi encaminhado diretamente para a Penitenciária Federal em Brasília (PFBRA), uma das unidades de segurança máxima do Sistema Penitenciário Federal, onde ficará custodiado junto com outros líderes de facções criminosas.

    Segundo a Secretaria Nacional de Políticas Penais, entre os objetivos dos presídios federais, criados a partir de 2006, é combater o crime organizado, isolando suas lideranças e presos de alta periculosidade.

    Distribuídas em diferentes regiões do país, as penitenciárias federais estão em:

    – Catanduvas (PR)

    – Campo Grande (MS)

    – Porto Velho (RO)

    – Mossoró (RN)

    – Brasília (DF)

    A distribuição faz parte da estratégia de desarticular e dificultar possíveis comunicações entre organizações criminosas.

    Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital(PCC), e Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, uma das lideranças do Comando Vermelho(CV), também estão presos nessas unidades.

    Celas sem tomadas elétricas

    Os detentos ficam presos em celas de 6m2, sem companhia e com apenas cama, sanitário, pia, chuveiro mesa e assento no ambiente. Visitas, sejam de familiares, amigos ou advogados, são permitidas apenas por parlatório ou videoconferência.

    Não há, de acordo com a pasta federal, tomadas elétricas e a energia do chuveiro e das lâmpadas são ativadas e desativadas em horários determinados.

    As restrições fazem parte de uma série de medidas que integram um rigoroso sistema de segurança, que foi ampliado após a fuga inédita de dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró.

    De acordo com a Secretaria Nacional de Políticas Penais, os presídios federais padronizam os protocolos de segurança nas unidades, ou seja, todas seguem os mesmos critérios de fiscalização diária.

    Entre os principais pontos estão:

    – Preso ser revistado todas as vezes que deixa seu dormitório;

    – A cela é revistada todas as vezes em que ele se retira;

    – O preso permanece algemado quando está em deslocamento pelo estabelecimento;

    – O preso não tem acesso a meios de comunicação externos;

    – Os procedimentos bem como os deslocamentos com o preso são realizados por, pelo menos, dois agentes;

    – Os procedimentos e toda a rotina da cadeia são monitorados por circuito interno de câmeras;

    – Agentes de inteligência da penitenciária federal monitoram o circuito de câmeras por meio de uma espécie de “Big Brother”. As imagens capturadas são transmitidas ao vivo para a sede da Senappen em Brasília, onde outra equipe de inteligência também acompanha a rotina das cinco penitenciárias.

    Estão incluídos na rotina do preso ainda seis refeições e duas horas de banho de sol por dia. Atividades educacionais e atendimentos médicos também estão previstos conforme as necessidades de cada detento.

    Os agentes levam armamento letal e menos letal; body scan, raio-x e detector de metais para revista pessoal e material; sistemas de vigilância por áudio e vídeo; equipamentos de segurança e de inteligência; além de estrutura física reforçada contra tentativas de invasão e fuga.

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