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  • 27/10/2021 08:00
    Por Fernando Costa

    Minhas retinas puderam contemplar belas obras de arte que adornam o requintado  museu e a Sacra Oficina do laureado artista plástico Ronaldo Rego. O imponente casarão da Rua Alberto Torres é emoldurado por arvoredos, flores em vários matizes, esculturas, um chafariz bordado em mosaicos, a me fazer recordar aqueles espalhados pela Roma Antiga e, a sinfonia dos pássaros em concerto diário.  Resguardados pelo protocolo imposto pela pandemia, o dia quinze de outubro, dia do mestre, foi para mim e meu amigo, confrade e escritor José Afonso Barenco de Guedes Vaz momento de admiração e alegria.

    A recepção de Ronaldo Rego foi memorável. O renomado artista plástico produz pinturas, esculturas, desenhos e   vasta bibliografia, consagradas no Brasil e exterior. Ronaldo é nosso confrade na Academia Petropolitana de Letras e no Instituto Histórico de Petrópolis. A Sacra Oficina é um museu digno de todos os encômios. Está sediada no centro da Imperial Cidade de Petrópolis. Na oportunidade, ele nos privilegiou com o autógrafo de sua recente obra “Dicionário das Religiões Afro-Brasileiras”. 

    Visitar a Sacra Oficina é recordar o Louvre nas primaveras de Paris. Ali é festa diária, me sinto uma criança em confeitaria. As obras de famosos artistas, dentre eles, o próprio Ronaldo Rego a nos permitir admirar suas esculturas, desenhos e pinturas em vários setores do belo panteão enlevam nossas almas revigoradas ante a beleza estética, estilística e artística. Ronaldo Rego nasceu em vinte e três de janeiro de mil, novecentos e trinta e cinco na cidade do Rio de Janeiro, à Rua Santana (Praça Onze) no coração da Cidade Maravilhosa. Bisneto do Barão do Lavradio. Estudou com frades franciscanos holandeses, interno do Colégio Santo Antônio, São João Del Rey, em Minas Gerais. Culto e viajado, trabalhou em New York entre 1964-65. Residiu em Paris, em 1989. Expôs no Museé de Art Moderne e na Galeria Debret.

    No Rio de Janeiro, frequentou os cursos de pintura a óleo, com o famoso pintor Oswaldo Teixeira, diretor do Instituto de Belas Artes do Estado da Guanabara. Estudou, inclusive, gravura com professores europeus, Gèza Heller, Henry Goetz e Edgard Cognag, este professor no Liceu de Artes e Ofícios. Em Jacarepaguá, montou um atelier gráfico onde gravou e imprimiu durante dez anos. A partir de 1971, desde sua primeira individual de pinturas prosseguiu sua jornada e realizou mais de setenta exposições o que se estendeu desde o Brasil ao exterior. Seu currículo e vasto e rico e sua bibliografia também.

    É membro da Academia Brasileira de Belas Artes, Instituto Histórico de Petrópolis, Academia Petropolitana de Letras, Academia Teresopolitana de Letras, Associação Brasileira de Desenho, União Brasileira de Escritores, Sindicato Nacional dos Editores de Livros, Sociedade Brasileira e Autores Teatrais, dentre outros. É autor das seguintes obras: Amor de Violeta. RJ, 1954, Imaginário da Umbanda, SP, 1995, Ilê Orixá, RJ, 1998, Memorial da Lapa, Pt, 2010, A Ceia – Peça teatral musicada, Pt 2011, A Morta de Tel Aviv, Pt, 2011, Fragmentos Artbook, Pt, 2014, Carnet de Voyages, Pt, 2016, Lambrequins de Petrópolis, Pt, 2019, Dicionário de Religiões Afro-brasileiras, Pt,  2021.

    No prelo: a Dama de Roxo – novela, Escritos Panfletários, Exercícios formais – Gestalt, Arte Esotérica – decodificação – ilustrada e Ferramentaria Sagrada – ilustrada. Sua vida e realizações artístico-literárias reafirmam as palavras do pranteado escritor e acadêmico Ferreira Gullar quando disse que “A arte existe porque viver não basta.” Bênçãos, caríssimo amigo, longa vida e seja Ad Majorem Dei Gloriam e alegria nossa.

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