• Rússia abre mão de vaga no Comitê Executivo da Uefa antes de eleições

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  • 24/fev 14:49
    Por Estadão

    A Federação Russa de Futebol não terá mais um representante no Comitê Executivo da Uefa após as eleições da entidade, marcadas para o dia 3 de abril, em Belgrado, na Sérvia. A ausência do nome de Alexander Dyukov, presidente da federação russa e executivo da empresa petrolífera Gazprom Neft, surpreendeu os principais dirigentes do continente, já que ele havia manifestado interesse em continuar no cargo.

    Dyukov, que ocupava uma cadeira no comitê desde 2021, não se inscreveu para concorrer a um novo mandato. Segundo a Uefa, ele não foi considerado inelegível, simplesmente optou por não apresentar sua candidatura. A decisão vem pouco tempo após sua reeleição como presidente da entidade russa, o que levanta dúvidas sobre os motivos de sua saída do comitê europeu.

    O dirigente russo permaneceu ativo nas reuniões da Uefa mesmo após as sanções impostas pelo governo britânico e a exclusão das equipes russas das competições internacionais desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. A Fifa e a Uefa sustentaram a decisão de afastar os clubes russos em instâncias jurídicas, argumentando que a presença dessas equipes poderia gerar conflitos dentro das competições, uma vez que diversas seleções e clubes europeus se recusariam a enfrentá-los.

    Outro ponto que marcou o distanciamento da Uefa em relação à Rússia foi a rescisão do contrato de patrocínio com a Gazprom, empresa estatal de energia do país, que era uma das principais patrocinadoras da Liga dos Campeões. Além disso, a final da competição de 2022, que estava prevista para ocorrer no estádio do Zenit, clube ligado à Gazprom, foi transferida para Paris.

    Enquanto a Rússia perde representatividade, a Uefa confirmou que a norueguesa Lise Klaveness será a única candidata a uma nova vaga reservada para mulheres no Comitê Executivo. A entidade decidiu ampliar o número de cadeiras femininas, permitindo que Klaveness se junte à galesa Laura McAllister, vice-presidente da Uefa. A decisão reflete um esforço para aumentar a presença feminina na gestão do futebol europeu.

    Além disso, a eleição em abril contará com a escolha de nove novos membros masculinos para o comitê executivo, entre eles figuras de destaque como Andrii Shevchenko, ídolo do Milan e atual presidente da Associação Ucraniana de Futebol, e Pedro Proença, ex-árbitro português. A votação será realizada pelas 55 federações nacionais afiliadas à Uefa, e os eleitos desempenharão papel fundamental nas decisões estratégicas do futebol europeu nos próximos anos.

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