• Ruas destruídas dificultam o acesso ao Centro Histórico

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  • 15/02/2022 22:34
    Por Vinícius Ferreira

    O temporal, que caiu sobre a cidade nesta terça-feira (15), deixou ilhadas milhares de pessoas que ainda tentam voltar para casa. No Centro Histórico, o trânsito está parado em diferentes pontos, mesmo após a água da chuva ter baixado. A rua do Imperador, principal rua do centro da cidade, alagou em quase toda a sua extensão e houve alagamentos ainda em trechos de ruas como a Caldas Viana, Imperatriz, Avenida Koeler, Praça Dom Pedro II, Irmãos D’angelo, 16 de março e na Praça Visconde de Mauá. A maior destruição, no entanto, aconteceu em vias de acesso como a Washington Luiz, onde parte da rua cedeu com a força das águas e desabou sobre o rio Quitandinha.

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    Praça Visconde Mauá tomada pela água
    Foto: Reprodução/Redes Sociais

    O imenso volume de água, 259mm em apenas seis horas (quando o volume previsto para todo o mês de fevereiro era de 238mm) causou rapidamente o transbordamento de rios como o Quitandinha e Piabanha. Na Rua do Imperador, a água rapidamente tomou a principal via do centro da cidade, arrastou carros, deixou pessoas ilhadas em prédios e tantas outras ilhadas em veículos. Algumas, precisaram ser resgatadas com ajuda de outras pessoas que também tentavam se abrigar da chuva.

    Populares ajudam no resgate de homem preso em poste, na rua do Imperador, durante temporal.
    Foto: Reprodução/Redes Sociais

    Paralela à rua do Imperador, a rua 16 de Março também foi tomada pela água. Estacionamentos subterrâneos ficaram submersos no edifício Arcádia e no antigo cinema, por exemplo. Lojas também foram invadidas pela água da chuva. No Armazém do Grão, que conecta as ruas 16 de Março e do Imperador, parte do estabelecimento ficou submerso. O mesmo aconteceu na galeria Marquese, onde quiosques foram arrastados pela força da água de uma rua para outra.

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    No ponto do obelisco acontece o encontro dos rios Palatino (que vem do Alto da Serra) e Quitandinha. O temporal atingiu justamente as duas regiões que abastecem os dois rios que, ao se encontrarem no monumento histórico da rua do Imperador transbordaram pela Praça Dom Pedro II e ao longo da avenida Imperatriz, onde está o Museu Imperial. Tanta água provocou o alagamento da praça Visconde de Mauá (a praça da Águia), que fica em frente à Câmara Municipal de Vereadores. Na Avenida Koeler, a uma quadra de distância, também houve transbordamento do rio que conecta a Catedral São Pedro de Alcântara e a Praça da Liberdade.

    Acessos ao centro destruídos

    A rua Santos Dumont, jorrava água sobre o local onde há um ponto de ônibus em frente à praça Duque de Caxias (a “praça do skate”). Mas, foi na outra ponta da via, já no ponto onde ela se encontra com a rua Dr. Sá Earp, no sentido Alto da Serra, que a destruição aconteceu. Durante o temporal, carros foram arrastados rua à baixo pela força da enxurrada. Quando a água baixou, boa parte da pavimentação (asfalto e paralelepípedo) havia sido arrancada.

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    E a destruição foi ainda maior na rua Washington Luiz, um dos principais acessos ao Centro Histórico, tanto para os motoristas que vem do bairro Quitandinha, quanto daqueles que vêm do bairro Bingen e acessam a rua Monsenhor Bacelar. Parte da pista, no trecho que fica em frente à antiga fábrica têxtil, desabou para dentro do rio, assim como árvores e carros que estavam no trecho. No ponto mais baixo, próximo ao acesso à rua do Imperador, placas de asfalto e paralelepípedos foram removidas.

    Escola e prédios atingidos por deslizamentos no centro

    Em um vídeo, que circula nas redes sociais, o prédio que fica nos fundos do Colégio Ipiranga, localizado na rua Imperatriz, foi atingido pelo deslizamento de terra. Alunos e funcionários correm para deixar a unidade ainda em meio a chuva que caía no fim da tarde.

    Deslizamento registrado no Colégio Ipiranga
    Foto: Reprodução/Redes Sociais

    Em outro ponto do centro, na rua Nelson de Sá Earp, um prédio foi atingido pelo deslizamento de terra. O prédio do Shopping Bauhaus, fica ao lado e foi tomado pela água que corria para os níveis mais baixos do edifício.

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