• Roubos a coletivos na Baixada sobem 300%

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  • 23/03/2016 08:35

    A tentativa de assalto que vitimou o frei tem sido motivo de preocupação para quem utiliza a rodovia BR-040, que teme ainda arrastões e questiona a falta de segurança. Um dia depois da morte de Moser,outro morador da cidade foi abordado por bandidos, mas conseguiu escapar dos disparos e da perseguição, que aconteceu por mais de 6km. O homem, que não quis se identificar, mora em Petrópolis e presta serviços para grandes empresas do município,trabalhando como motorista.Por esse motivo, precisa subir e descer diariamente. Com medo das ações dos bandidos,ele não usa mais o mesmo carro que estava quando foi perseguido para fazer o trajeto.Dados do Índice de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ)mostram um quadro alarmante com relação ao número de assaltos a coletivos na Baixada Fluminense. O aumento entre o ano passado e o atual foi de 321%. Também foi registrado crescimento de 30% no mês de fevereiro de 2016 em comparação com janeiro do mesmo ano.Já os assaltos de veículos na região tiveram aumento de 14,19% em comparação com os primeiros meses de 2015.Só em janeiro e fevereiro foram roubados 491 carros na região. Uma média de 8 automóveis por dia. Os números consideram as ocorrências registradas em quatro delegacias diferentes: a 59ª DP (Duque de Caxias), 60ª DP (Campos Elyseos), 61ªDP(Xerém) e 62ªDP (Imbariê).O ISP mostra ainda que 11 pessoas foram vítimas de homicídio culposo no trânsito este ano na região,além de 293 lesões corporais culposas. Já o número de registros de roubo a transeuntes teve aumento de 3%.Enquanto em 2015 foram registradas 973 ocorrências,nos primeiros dois meses de 2016 foram 1.001.O economista Fernando Varella, também diretor da Ong Nova Mosanta, participado grupo de trabalho da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT),que aborda temas sobre a rodovia e também a respeito da construção da Nova Subida da Serra. Ele disse que,em uma das reuniões, foi dito que 15 mil carros com placas de Petrópolis passam pela praça de pedágio diariamente,ou seja, moradores da cidade, que sobem e descem todos os dias. Além desses,outros 5 mil fazem o mesmo trajeto por meio dos coletivos da Única. Para Fernando, são esses milhares de petropolitanos que pagam um alto valor de pedágio (R$ 11,20), as vítimas da falta de segurança na rodovia. “São pessoas que convivem com medo de arrastões, roubos e mortes na BR-040”, finalizou.

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