• Rodrygo segue Vinícius Júnior e expande mercado na China com conta em rede social

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  • 20/12/2022 20:09
    Por Marcius Azevedo / Estadão

    Num mundo cada vez mais globalizado, os cuidados com a imagem e interação com fãs que vão além da própria nacionalidade parecem ser a nova premissa de quem cuida da imagem dos jogadores. Um dos casos mais recentes é o atacante Rodrygo, do Real Madrid, que infelizmente ficou marcado na Copa do Catar pela cobrança desperdiçada diante da Croácia, na eliminação da seleção brasileira nas quartas de final.

    Com intenção de expandir negócios para o mercado asiático, o atacante de 21 anos abriu uma conta no Weibo, uma rede social chinesa que se identifica com o Facebook e já tem 692 mil seguidores.

    De acordo com executivos em marketing esportivo, esse modelo de trabalho pode valorizar ainda mais os profissionais na hora de vender um patrocínio. “Rodrygo está fazendo o que precisa ser feito: ampliando alcance e audiência. Ele joga pela seleção brasileira e está em um dos maiores clubes do mundo, onde a visibilidade é constante e global. Com consistência e relevância no conteúdo, seus números e reconhecimento vão crescer e, com eles, vêm a valorização da sua imagem e seus potenciais contratos de patrocínio”, afirmou Armênio Neto, especialista em novos negócios do esporte e que cuidou do gerenciamento de carreira do atacante Neymar no período de transição entre Santos e Barcelona.

    Rodrygo segue os passos de Vinícius Junior, seu compatriota e companheiro de Real Madrid. Em 2020, seguindo uma recomendação da empresa que cuida de sua carreira, ele pediu para ser chamado de Vini Jr. Tudo foi pensando de forma estratégica e comercial, seguindo uma linha de estudo de que era difícil pronunciar o seu nome em diversas línguas, entre elas o chinês.

    Responsável pelo gerenciamento de imagem do atacante Endrick, do Palmeiras, Fábio Wolff vê o movimento como fundamental para o futuro dos atletas. “A China é o país mais populoso do mundo, logo abrir uma conta em uma rede social chinesa é uma estratégia interessante no sentido de captar fãs, agregar valor à imagem e criar possibilidades de monetização”, afirmou.

    Sócio-diretor da Wolff Sports, o executivo entende que o gerenciamento da imagem do Endrick, logo aos 16 anos, já seja um marco. A ideia é seguir o plano feito por Rafael Nadal, Roger Federer e Cristiano Ronaldo, com expansão e valorização com menos marcas, mas mais duradouras e sólidas.

    “Temos um mercado com enorme potencial para os atletas, mas isso não acontece da maneira ideal em função de inúmeros fatores. Não se trata apenas de trabalhar o que ocorre dentro do campo, é preciso aperfeiçoar e projetar a imagem do profissional, e isso se faz por meio de um plano estratégico de carreira e imagem”, afirmou Fábio Wolff.

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