Rodoviários: apreensão em meio a rumores da transferência de linhas da PetroIta e Cascatinha
Todo trabalhador é duramente atingido pela deficiência do sistema de transportes, incluindo o próprio rodoviário. E no caso da crise que se arrasta há anos na PetroIta e Cascatinha – muito antes do incêndio nas garagens – os funcionários das empresas sofrem diariamente arriscando a vida dirigindo os sucatões e com atrasos recorrentes em pagamentos e benefícios. Esta semana, quando os rumores sobre a ‘solução’ para os serviços prestados por estas duas empresas aumentaram, também subiu a tensão sobre o destino dos profissionais.
Novas operadoras
Como a prefeitura não fala oficialmente sobre a condução das negociações abre espaço para os rumores. Turp assume parte das linhas da Cascatinha e PetroIta? Ou fica com parte das linhas da Cascatinha e a Cidade Real com parte das linhas da PetroIta? Ou todas as linhas da Cascatinha serão operadas por essas outras empresas e vão ‘salvar’ a PetroIta que continuaria operando todas os seus itinerários? E a pergunta que é a principal para os rodoviários: serão aproveitados pelas outras empresas? Receberão direitos trabalhistas?
Sem definição
O sindicato da categoria teve uma reunião com o presidente da CPTrans, Tiago Damaceno na quinta e não trouxe nada de concreto. Souberam apenas que ‘não tem nada definido’. O fato é que carros da Turp estão sendo testados em áreas da Cascatinha como Neylor e Alemão e outros do trecho da Barão do Amazonas. Já a transferência de 17 linhas da PetroIta para a Cidade Real também não tem confirmação.
Coincidência
A busca pela ‘solução’ ocorre quase que simultaneamente ao Ministério Público do Estado ter pedido a instauração de um procedimento penal para investigar a crise, a partir de provocação da 4ª Vara Cível, que enviou peças à Promotoria de Justiça e Investigação Penal de Petrópolis. A prefeitura, a quem cabe as permissões e as empresas, descumpriram decisão judicial que determinava tirar de circulação ônibus reprovados em vistorias da CPTrans. Tudo isso foi enviado ao MP. Agora está uma corrida contra o tempo pra ver se salva CPFs do rolo. Mas, será bem difícil.
Contagem
E Petrópolis está há 263 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Tudo normal
Você acompanhou pela imprensa, o caso de 14 mortes suspeitas num período de apenas seis meses no Hospital Santa Monica, que está sob investigação do Ministério Público estadual e do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO). A Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores disse que em visita em novembro à unidade não encontrou irregularidade. Mas, nem levantaram número de óbitos do ano? A prefeitura também não percebeu nada de excepcional mesmo as mortes tendo ocorrido logo depois de os pacientes terem sido transferidos para a unidade.
Obras do Estado
Ajuizado, o governador Cláudio Castro, leu atento o alerta dos Partisans: governo do Estado perdendo espaço com obras de reconstrução das chuvas atrasadas – pelo menos quatro delas ainda sendo licitadas – e com a prefeitura assumindo outras tantas. Tanto que deve estar hoje na cidade acompanhando essas intervenções. Mas, ele poderia colocar na pauta também a apresentação de outras obras de prevenção a serem incluídas no novo PAC do governo federal. Petrópolis teria (poucas) obras incluídas, mas até agora ninguém sabe nem quais são.
MCMV
Também não dá para nada, as pouco mais de 300 casas que o estado apresentou ao Minha Casa Minha Vida nos três eternos terrenos que são sempre ventilados desde 2012: Benfica, Cuiabá e Mosela. Talvez o governador possa dar um passo maior para resolver o déficit habitacional, hoje de 70 mil pessoas residindo em 234 áreas de alto risco na cidade. ]
Radar banda X
Outra pauta importante é governador anunciar quando começa a operar um radar banda x que o Estado vai comprar para a cidade, aquisição confirmada pelo presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Philipe Campello. O investimento do Estado, com um radar deste tipo também em Friburgo, será de R$ 34 milhões, valor que inclui a aquisição e a manutenção dos radares, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam).
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