• Rival de Bia Haddad no US Open tem histórico de lesões e nunca perdeu da brasileira

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  • 03/set 12:18
    Por Felipe Rosa Mendes / Estadão

    Beatriz Haddad Maia vem rompendo barreiras históricas para o tênis brasileiro no US Open. A atleta de 28 anos alcançou na segunda-feira a vaga nas quartas de final, algo obtido apenas pela lenda Maria Esther Bueno, na década de 60. Para ir mais longe no Grand Slam americano, Bia Haddad terá que superar na quarta-feira a checa Karolina Muchova, tenista com perfil semelhante, mas que nunca perdeu para a brasileira.

    Muchova tem a mesma idade que Bia, conta com aproveitamento semelhante entre vitórias e derrotas no circuito da WTA e também já figurou no Top 10. Enquanto Bia já apareceu no 10º do ranking, a checa ocupou o oitavo posto, em setembro do ano passado – a brasileira alcançou seu auge na lista do fim do ano passado.

    Bia leva vantagem em resultados obtidos em torneios medianos e pequenos, com três títulos, contra apenas um de Muchova. Mas a checa se destaca nos quatro torneios de Grand Slam. Nos últimos anos, ela se acostumou a frequentar as fases mais decisivas destas competições. Se Bia tem como melhor resultado a semifinal de Roland Garros do ano passado, Muchova foi finalista na mesma edição do torneio.

    Ela também já foi semifinalista do Aberto da Austrália e do US Open, no ano passado – tenta repetir este resultado nesta temporada, se superar a brasileira. Em Wimbledon, Muchova já alcançou as quartas de final. Bia ainda busca atingir estas fases nestas três competições. Mas, de forma geral, a semelhança entre as duas é grande até mesmo nas premiações: US$ 6.633.833,00 (Muchova) e US$ 6.477.300,00 (Bia).

    As maiores dificuldades de Muchova em sua carreira são as mesmas que as da tenista nacional: os problemas físicos. Ambas têm histórico de lesões, entre cirurgias e longos períodos fora do circuito. A última delas aconteceu em fevereiro deste ano, quando Muchova precisou ser submetida a uma operação no punho direito, justamente a mão que usa para jogar.

    O problema teve início ainda no US Open do ano passado. Após ser eliminada na semifinal, ela não jogou mais em 2023. E decidiu passar pela operação no início desta temporada. Voltou ao circuito apenas em junho, somando nove meses de afastamento dos torneios. Em seu retorno, caiu na estreia tanto em Wimbledon quanto na Olimpíada de Paris-2024.

    Mas recuperou seu melhor tênis na quadra dura do US Open, onde vem empilhando boas vitórias. “Muchova é uma ótima jogadora. Ela é uma das melhores tenistas do mundo. Ela se move bem, tem um bom saque, boas devoluções. Eu sei que vai ser uma batalha difícil. A última partida que tivemos

    foi muito boa também de ambos os lados. Foi definido nos pequenos detalhes”, projetou Bia.

    Bia e Muchova já se enfrentaram três vezes no circuito. A checa venceu todas, sendo a última delas no ano passado, no WTA 1000 de Cincinnati, também nos Estados Unidos. Muchova venceu por 2 a 1, na única partida em que a brasileira conseguiu tirar um set da adversária, atual 52ª do mundo. As outras duas partidas aconteceram em torneios menores, em 2022 e 2016.

    Em Nova York, Bia tenta repetir sua melhor campanha num Grand Slam. Se vence Muchova, vai repetir a semifinal de Roland Garros, obtida no ano passado. Ao mesmo tempo, vem encerrando jejuns brasileiros no torneio. A última a alcançar a semifinal da competição foi Maria Esther Bueno, em 1968. Antes, ela foi campeã em Nova York em 1966, 1964, 1963 e 1959.

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