• Riscos fiscais, que já eram preponderantes, ganharam mais peso para IFs, diz BC

  • 27/fev 14:56
    Por Cícero Cotrim / Estadão

    As instituições financeiras do Brasil pioraram a sua avaliação sobre as contas públicas, segundo a Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo Banco Central. A proporção de respondentes que citou o risco fiscal como o mais importante do cenário saltou de 42% no fim de 2024 para 52% nesta edição, referente ao primeiro trimestre deste ano.

    “Os riscos fiscais, que já eram preponderantes na pesquisa anterior, ganharam ainda maior relevância, com o aumento do impacto médio esperado, cuja magnitude é superior ao dos outros riscos”, destacou o BC, no relatório da PEF.

    Segundo a autarquia, as preocupações com a sustentabilidade da dívida pública foram o destaque desta edição.

    A probabilidade de materialização dos riscos fiscais foi considerada “média-alta” na pesquisa, e o seu eventual impacto, “alto”.

    A razão das IFs que citaram o cenário internacional como maior risco caiu de 27% para 16%, também com probabilidade “média-alta” de materialização e impacto “alto”.

    O risco de “inadimplência e atividade” foi citado como principal por 13%, contra 12% na edição anterior, com a mesma probabilidade e impacto.

    “Os riscos do cenário internacional estão associados principalmente à política econômica nos EUA e a conflitos geopolíticos”, afirma o BC. “Preocupação com riscos de inadimplência e atividade também aumentou, com elevação do impacto esperado médio.”

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