Rio tem transmissão comunitária de variantes do coronavírus, dizem secretarias
Duas variantes do novo coronavírus potencialmente mais transmissíveis já estão circulando pela cidade do Rio de Janeiro e, provavelmente, em Nova Iguaçu, na baixada fluminense. A conclusão é das secretarias estadual e municipal de Saúde do Rio, que analisaram o histórico de quatro das cinco pessoas contaminadas pelas cepas P.1 (de Manaus) e B.1.1.7 (do Reino Unido).
Segundo as autoridades, apenas um dos pacientes contaminados pelas novas linhagens é proveniente de Manaus. Os demais não têm histórico de viagem ou de contato com pessoas que tenham passado por locais com circulação das novas variantes. “Dessa forma, a avaliação confirmou que as novas cepas já estão circulando em pelo menos um município do Estado”, diz a nota.
O Estado afirma que existe a possibilidade de as novas cepas estarem circulando também por outras cidades, “uma vez que a capital tem grande atividade econômica e alta circulação de pessoas de várias cidades da Região Metropolitana”. O alerta foi feito pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS).
Para confirmar a suspeita, o governo disse estar “reforçando e apoiando” os municípios em ações de monitoramento e vigilância de casos suspeitos.
As secretarias também reforçaram a necessidade de prevenção contra a covid-19 e pedem que a população intensifique o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social.
Casos
Na quarta-feira, 17, o Rio informou que estava monitorando cinco casos relacionados às variantes do coronavírus. Dos infectados com a cepa de Manaus, dois são moradores da capital, um é paciente transferido da capital amazonense e outro é de Belford Roxo. A pessoa contaminada com a cepa britânica mora na capital.
O paciente transferido de Manaus ainda está internado no Hospital Federal do Servidor e o morador de Belford Roxo morreu. Os demais já estão recuperados.