• Rio Open aposta em áreas cobertas, ventilação e água grátis para combater calor recorde

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  • 18/fev 20:05
    Por Felipe Rosa Mendes / Estadão

    A direção do Rio Open está apostando na ventilação, em bebedouros com água grátis e no maior número de áreas cobertas no Jockey Club Brasileiro nesta edição do maior torneio da América do Sul. A semana da competição coincide com temperaturas recordes na capital fluminense, em mais uma onda de calor no Sudeste.

    “O Rio Open sempre olhou com muito cuidado desde a primeira edição em relação ao calor. Não é um fator novo para a gente, não é algo que está pegando a gente de surpresa”, afirma Luiz Carvalho, diretor do torneio, que admite preocupação tanto com os atletas quanto com o público em geral.

    “Hoje em dia temos muito mais áreas cobertas, com ventilação. Isso é um investimento feito pelo evento. Temos bebedouros, água gratuita para todos. E existem vários pontos de hidratação espalhados pelo evento. Estamos reforçando essa mensagem junto ao público”, diz Carvalho.

    Na segunda-feira, primeiro dia do torneio, a cidade do Rio atingiu o Nível de Calor 4 às 12h35. Esse nível de calor prevê temperaturas que oscilam entre 40°C a 44°C, com previsão de permanência ou aumento por, pelo menos, três dias consecutivos. Esta é a primeira vez que o Rio atinge esse patamar desde que o protocolo foi criado, em junho do ano passado.

    De acordo com o Sistema Alerta Rio, a região de Guaratiba, na zona oeste, alcançou os 44º C na segunda-feira, um recorde desde a primeira medição, feita em 2014. A iniciativa do protocolo de Nível de Calor é uma resposta à morte de uma fã por exaustão térmica durante o show de Taylor Swift, no estádio Engenhão, em 2023.

    Diante da condição climática, a prefeitura do Rio orienta a população a ficar atenta aos cuidados com a saúde. E uma das medidas é justamente oferecer água gratuita para a população, ao menos nestes dias de recordes térmicos, como tem feito a organização do ATP 500.

    “Quando a gente olha para o calor, isso é uma coisa que a gente não controla, obviamente. Mas o que a gente controla, para o bem-estar dos atletas, é uma área de recovery, de recuperação, com avanutri (aparelhos específicos para recuperação física dos atletas) que é toda equipada com banheira de gelo, com botas de compressão e uma série de equipamentos tecnológicos para ajudar na recuperação e evitar desgaste”, explica Luiz Carvalho. “Obviamente, temos foco na hidratação, existem tanto na sala de atletas quanto no vestiário tem bastante água e isotônico para poderem se recuperar.”

    Uma das medidas que têm amenizado os efeitos do calor foi a decisão, nos últimos anos, de iniciar os jogos às 16h30, quando as temperaturas geralmente são menores. Na prática, o Rio Open vem estendendo seus jogos para a noite, reduzindo o desgaste térmico para os atletas.

    Em sua primeira edição, em 2014, o Rio Open contou também com uma chave feminina, da WTA. Com muito mais jogos para sediar, o torneio iniciava sua jornada às 11h, o que gerou reclamação por parte dos tenistas na época, devido ao forte calor.

    “Nas três primeiras edições, quando ainda havia o WTA, existiam jogos diurnos, e a gente, inclusive, quando fez o movimento de virar um evento apenas ATP (masculino), foi muito nestas condições para a gente poder ter uma rodada noturna, o mais tarde possível, justamente para mitigar essa questão do calor. Depois disso, tivemos um feedback muito positivo da ATP”, lembra Carvalho.

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