Uma reunião entre o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a Prefeitura de Petrópolis e o Hospital Santa Teresa (HST) pode ser decisiva para definir a duração do convênio entre a unidade de saúde e o município. O encontro está marcado para o dia 23 de setembro e deve debater o relatório de auditoria realizada para analisar os dados do déficit econômico-financeiro alegado pelo HST, cujo complemento será apresentado no dia 16.
A “novela” começou no ano passado, quando o HST informou que não pretendia continuar o convênio com a rede pública, alegando déficit. Até então, o prazo para o encerramento é 31 de dezembro deste ano. Entre discussões acaloradas na Justiça, uma proposta chegou a ser cogitada: a possibilidade de prorrogação até o fim de 2025. Porém, não foi para frente, pois a Prefeitura alegou inconsistências na auditoria.
Neste segundo dia da série de entrevistas com candidatos a prefeito, a Tribuna de Petrópolis traz, hoje (11), as propostas para a saúde no município dos cinco postulantes ao cargo, tendo em vista a possibilidade de encerramento do convênio. As respostas foram encaminhadas por escrito pelos candidatos, que tiveram o limite de 500 caracteres contando com o espaço.
Como explicado às assessorias dos candidatos, a primeira resposta, hoje, será do candidato do PSOL, Yuri Moura. Os demais, seguem a ordem alfabética.
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Tribuna de Petrópolis: Está em discussão na Justiça o encerramento do convênio do Hospital Santa Teresa com o município, que já pode ocorrer em 31 de dezembro deste ano. Caso eleito, quais medidas pretende tomar para garantir a assistência da população que depende dos serviços hoje prestados pela unidade de saúde?
Yuri Moura (PSOL): “Vamos fazer de tudo para manter o convênio com o Hospital Santa Teresa. Nosso governo não vai brigar com as instituições importantes para Petrópolis. A fila da ortopedia é grande, só cresce e o Santa Teresa é fundamental para atendermos as pessoas. Iremos renegociar e buscar os apoios e recursos necessários para manter o convênio e garantir que a nossa saúde pública não entre em colapso pela irresponsabilidade dos governos que passaram.”
Doutor Santoro (Novo): “Temos como meta a responsabilidade fiscal e planejamento, mantendo os pagamentos em dia, eliminando gargalos e reduzindo custos. Com isso, poderemos expandir o contrato com o HST, outros hospitais e clínicas privados, em condições financeiras melhores para os mais humildes terem acesso a serviços privados de saúde. Nos seis primeiros meses vamos implementar o corujão da saúde, contratando instituições para realizarem exames a noite, zerando a fila de espera em 180 dias.”
Eduardo do Blog (Republicanos): “Não vou permitir que a população perca o Santa Teresa! Vamos atualizar os valores praticados e para isso estarei revendo contratos e aditivos de outros setores da Saúde já na transição. O Santa Teresa é fundamental e terá a nossa dedicação e esforço para permanecer atendendo pelo SUS.”
Hingo Hammes (PP): “Vamos manter o contrato com o Hospital Santa Teresa. Tenho certeza que com diálogo, bom senso e trabalho vamos manter o convênio. O Hospital Santa Teresa é fundamental para atendimento da população, especialmente nos procedimentos de alta complexidade, como por exemplo, cirurgia ortopédica e cardiovascular.”
Rubens Bomtempo (PSB): “Agimos para manter o convênio. Atendendo à demanda de equilíbrio financeiro do HST, aumentamos valores de repasses para 13 leitos de UTI, hemodiálise e cirurgias eletivas. Esperamos que o Estado cumpra a sua parte com relação aos 10 leitos por ele contratados, os quais o HST também alega déficit. Seguimos fortalecendo também o Hospital Alcides Carneiro, cujo atendimento cresceu em todos os setores: cirurgias (41%), internações (29%), urgência (31%), consultas (51%) e exames laboratoriais (22%).”
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