Reunião entre Xi Jinping e Biden não será ‘tranquila’, prevê ministro chinês
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que o caminho para uma esperada reunião entre o presidente Xi Jinping e o dos Estados Unidos, Joe Biden, não será “tranquilo” e que ambos devem trabalhar juntos para alcançar resultados.
Wang Yi se reuniu com Biden, bem como com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, e o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, durante uma visita de três dias a Washington. Os dois lados concordaram em trabalhar para uma reunião bilateral na próxima cúpula do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em São Francisco, em novembro.
A visita de três dias de Wang a Washington ocorreu em um momento em que as tensões entre China e Estados Unidos continuam altas, inclusive em relação aos controles de exportação dos EUA sobre tecnologia avançada e às ações mais assertivas chinesas nos mares do leste e do sul do país.
Embora ainda haja muitas questões a serem resolvidas, os dois lados acreditam que é benéfico e necessário que os EUA e a China mantenham o diálogo.
A reunião é a mais recente de uma série de contatos de alto nível entre os dois países, que exploram a possibilidade de estabilizar um relacionamento cada vez mais tenso em um momento de conflito na Ucrânia e em Israel.
De acordo com a declaração do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang também disse que China e EUA precisavam de um “retorno a Bali”, em uma referência à reunião anterior de Xi e Biden em uma cúpula do G20 no ano passado, onde ambas as autoridades discutiram questões relacionadas a Taiwan, tensões comerciais americanos e chineses, bem como a cooperação para tratar de questões como mudanças climáticas, saúde e segurança alimentar.
Wang disse que os dois países devem “eliminar a interferência, superar os obstáculos, aumentar o consenso e acumular resultados”.
Outras questões discutidas entre Wang e Biden incluíram intercâmbios militares entre os EUA e a China, além de intercâmbios e cooperação financeira, tecnológica e cultural, bem como as crises no Oriente Médio e na Ucrânia.