Restauração do painel de Djanira ainda não é realidade
Há quase três anos, o painel da artista Djanira aguarda, em uma sala do Centro de Cultura Raul de Leoni, no Centro da cidade, pelo início da restauração. A obra de valor incalculável foi retirada do auditório do Liceu Municipal Cordolino Ambrósio para passar pela revitalização, o que até o momento ainda não aconteceu. A reforma do painel faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a Prefeitura de Petrópolis e o Ministério Público Federal (MPF), em 2010, mas que até hoje não foi pra frente.
Em nota, a Prefeitura informou que o Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan) está finalizando o Termo de Referência para que o município dê prosseguimento à licitação para contratação da empresa que fará o restauro. A Tribuna questionou o Iphan sobre a análise documento, mas até o momento não obtivemos resposta.
O mural, com mais de 12 metros de comprimento e três de altura, ficou por 64 anos no auditório do Liceu Municipal, mas devido a décadas de falta de manutenção e cuidado, teve que ser retirado para que a restauração fosse realizada. A transferência para o novo endereço aconteceu em outubro de 2017.
Em 2016, a Prefeitura iniciou a primeira parte do processo de restauração, concluindo o faceamento da obra. O custo desta etapa foi de R$ 30 mil. A Prefeitura não informou o valor que será gasto com essa segunda etapa da restauração.
O painel de Djanira retrata a diversidade de cenas e paisagens brasileiras. Ele foi feito pela artista especialmente para Petrópolis. Djanira é natural de Avaré, cidade do interior de São Paulo, e morreu no Rio de Janeiro, aos 64 anos. Grande parte da sua obra faz parte do acervo do Museu Nacional de Belas Artes, na capital do Estado.