• Reprise de Flamengo na Libertadores teve pico na audiência

  • 18/05/2020 13:55

    Domingo (17) de isolamento social, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), e o Rio de Janeiro anoiteceu sob gritos emocionados que tomavam janelas e varandas da cidade. De acordo com o jornalista Gabriel Vaquer, do UOL, o VT de Flamengo x River Plate alcançou um pico de 22 pontos de audiência no Ibope no Rio de Janeiro, com média de 18.3, superando a meta de 18 pontos, que era o estimada pela TV Globo.

    “Mengo! É campeão!”

    Às 18h deste domingo (17), Gabriel Barbosa marcava o segundo gol do Flamengo sobre o River Plate, e a torcida rubro-negra comemorou o bicampeonato na Copa Libertadores da América. Era a reprise da final disputada em 24 de novembro de 2019, em Lima (Peru), exibida pela TV Globo, que saciou, pelo menos por um dia, a sede de futebol da maior torcida do Brasil.

    Sem poder acompanhar o Flamengo em ação dentro de campo desde o dia 14 de março de 2020 – devido à paralisação das competições de futebol, em decorrência da pademia de covid-19 – na vitória sobre a Portuguesa, pelo Campeonato Carioca, os rubro-negros conseguiram, com mais calma, saborear um dos dias mais importantes da história do clube. Afinal, foram 38 anos de espera até reconquistar a América.

    Valeu a pena aguardar? A empolgação durante a reprise da partida mostrou que sim. O empresário Luciano Ferreira, de 41 anos, só teve uma ideia melhor do jogo neste domingo (17). Isto porque ele era um dos mais de 26 mil flamenguistas presentes no Estádio Monumental de Lima. Mesmo em São Paulo, ele encontrou uma forma de comemorar novamente o título.

    “Eu tava lá. Cheguei dias antes, vivi toda a confusão de ter que trocar passagem, vai ou não vai… comprei por milha, foi uma confusão só. No dia a galera foi se encontrando no shopping, naquele clima… quando chegou o jogo tava todo mundo surtado demais. Imagina, não podia tomar nem uma cerveja! Nem antes! Foi desesperador aquilo. Esta foi a primeira vez que eu revi o jogo e só revi o segundo tempo. Você vai revendo, relembrando e é bem diferente pra mim do que quem viu pela televisão. Tava viajando do Rio para São Paulo, onde estou agora, Cheguei aqui desesperado no final do primeiro tempo, liguei a televisão na casa de um amigo meu, não pegava, e quando consegui fazer pegar, tava passando o jogo do Corinthians. Liguei o laptop aqui, aí no intervalo eu falei: quer saber? Vou sair pra comprar uma bebida e já volto. Fui no mercado aqui do lado e comprei um barril inteiro de cerveja. Não tem jeito, quando você revê o jogo… pelo amor de Deus… para quem tava lá vem muitas lembranças, é bizarro”.  

    No Rio de Janeiro a festa foi completa. O torcedor rival que se incomoda com a felicidade rubro-negra, sofreu. O professor de Educação Física, Jorge Leitão, de 45 anos, fez questão de mostrar sua alegria aos vizinhos, e quer mais.

    “Agora eu realmente vi o jogo. Na primeira vez nem as cervejas, nem a emoção me deixaram curtir a partida de futebol mesmo. Eu curti o jogo, vibrei junto com meu filho e foi tão emocionante quanto da primeira vez. A galera aqui do prédio vibrou, teve fogos, gritaria, exatamente como me lembro que foi a final. Agora é esperar a pandemia acabar para o Flamengo ser tri aqui no Maracanã”.  

    Também teve quem ficou ansiosa mesmo sabendo do resultado final. Luciana Sabino preferiu ser mais discreta, mas a funcionária pública não escondeu a aflição e ainda mandou o recado para quem preferiu ver outro jogo na hora da final

    “Eu torci sim, torci, fiquei emocionada no gol. Em determinado momento me peguei angustiada porque o gol não saía, fiquei nervosa, e no final veio aquela explosão de alegria. Mas eu fiquei quietinha, no meu sofá. Os meus vizinhos berrando e eu fiquei na minha, quieta, não me mexi, mas por dentro eu estava como se estivesse revivendo aquele dia, que foi sem palavras, muito emocionante. Tem um amigo meu que é flamenguista roxo e disse que não ia assistir porque viu dia desses novamente e preferia assistir o Campeonato Alemão”.

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