• Repórteres do Estadão ‘furam a bolha’ em passeio pela Baía de Tóquio

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  • 23/07/2021 18:00
    Por Paulo Favero e Raphael Ramos / Estadão

    Para garantir a realização da Olimpíada da maneira mais segura possível, o governo japonês estabeleceu protocolos rígidos de quarentena para os primeiros 14 dias de qualquer credenciado que tenha entrado no país. Mas existe uma possibilidade de “furar” essa bolha e acessar lugares “proibidos” pelas autoridades.

    O governo metropolitano de Tóquio está promovendo um roteiro controlado e guiado para jornalistas. Nele, é possível ir a lugares fora do perímetro estabelecido, que consiste no Centro de Imprensa, arenas oficiais dos Jogos e Vila Olímpica. É uma oportunidade de “escapada” para ver lugares que estão fora dos trajetos oficiais.

    A reportagem do Estadão aproveitou para conhecer por barco os principais pontos olímpicos da Baía de Tóquio, região que reúne algumas arenas dos Jogos. No encontro com profissionais de imprensa, os guias mediram a temperatura corporal de todos e pediram para não se dispersar do grupo. O roteiro consiste em saída do Centro de Imprensa até a rua. Lá, um ônibus está à espera para levar até a marina onde fica o barco.

    O iate Tokyo-Minato-Maru levou cerca de 25 pessoas pela Baía de Tóquio e a primeira parada é logo em frente à Vila Olímpica. É possível ver quase uma dezena de navios da Guarda Costeira do Japão, que estão atracados lá para fazer a segurança dos atletas. Nos prédios com vista para o mar estão quartos de delegações da China, Austrália, Grã Bretanha e Canadá.

    Esta é só a primeira parada de uma sequência de instalações esportivas utilizadas nos Jogos. Apesar de a Vila Olímpica poder ser visitada dentro do perímetro oficial permitido, a possibilidade de olhar para conjunto de prédios construídos para a competição mostra o empreendimento por outro ângulo.

    Em um primeiro momento, os estrangeiros optaram por ficar na parte de cima do luxuoso iate, mas com o sol escaldante e o balanço das águas da baía muitos optaram pelo andar de baixo, com ar-condicionado e sofás (demarcados).

    Principal cartão-postal da Baía de Tóquio nesta Olimpíada, os famosos arcos olímpicos foram outro ponto de parada para fotos e imagens em vídeo. Os pedidos para que a embarcação se aproximasse recebiam a mesma respostas: por questão de segurança, o iate não podia ficar mais próximo do local.

    No roteiro pôde-se ver o Toyosu Market, o mercado de peixes, e duas pontes famosas, a Rainbow Bridge e a Tokyo Gate Bridge. O Tokyo Big Sight, imponente prédio de belo visual arquitetônico, chamou a atenção. É nele que estão localizados o IBC e MPC, centro de imprensa para jornalistas e para as emissoras de televisão com direitos.

    Entre as arenas esportivas, o tour passou pelo Parque Marinho de Odaiba, que vai receber as provas de triatlo e de maratona aquática. Depois percorreu a região onde fica a Sea Forest Cross-Country Course (que receberá provas de hipismo) e a Sea Forest Waterway (remo e canoagem velocidade).

    Foram aproximadamente duas horas a bordo do iate, que ajudou a mostrar um lado de Tóquio “proibido” para os que estão dentro da bolha olímpica. Ao final, o guia comentou: “Esse foi um aperitivo, espero que tenham gostado. Tomara que vocês possam voltar um dia aqui, mas sem pandemia”.

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