• Reino Unido suspende exportações de armas para Israel, alegando violação da lei internacional

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  • 02/set 16:23
    Por Laís Adriana* / Estadão

    O Reino Unido anunciou nesta segunda, 2, a suspensão de exportações de algumas armas para Israel, alegando que elas podem ser utilizadas para violar a lei internacional, segundo comunicado divulgado pelo Departamento de Negócios e Comércio britânico.

    O secretário de Estado do Reino Unido para Negócios e Comércio, Jonathan Reynolds, disse que a decisão se aplica a 30 das 350 licenças de exportação de armas para Israel em vigor atualmente, em carta enviada ao Parlamento britânico. Isso inclui componentes para jatos de combate F-16, além de peças para veículos aéreos não tripulados, sistemas navais e equipamentos de mira.

    Reynolds e o secretário de Relações Exteriores, David Lammy, determinaram que as licença serão mantidas sob um “processo amplo” de revisão, para garantir que o armamento não seja utilizado para violar a lei humanitária internacional, tento em vista as dúvidas sobre o cumprimento das regras por Israel.

    Ao mesmo tempo, as autoridades reiteraram que respeitam o direito de autodefesa de Israel aos ataques realizados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. “O Reino Unido continua a defender um cessar-fogo imediato do conflito em Gaza, a libertação de todos os reféns e o aumento significativo da ajuda humanitária para os civis em Gaza”, disseram.

    Analistas consultados pela Associated Press veem a decisão com impacto militar limitado, mas apontam que aumenta a pressão para que Israel encerre a guerra na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 40 mil palestinos mortos em Gaza e mais de 1.200 mortos pelo lado israelense.

    Em resposta, o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, criticou a decisão e disse que o Reino Unido está enviando “uma mensagem problemática” ao Hamas e ao Irã. “Estamos desapontados com uma série de decisões do governo britânico”, afirmou Katz, em comunicado enviado para a mídia israelense, acrescentando que “cumpre a lei e respeita o sistema internacional de justiça”.

    *Com informações da Associated Press

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