• Redes de shoppings mantêm visão positiva para vendas nos próximos meses

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  • 09/09/2021 18:42
    Por Circe Bonatelli / Estadão

    Os donos de redes de shopping centers reiteraram hoje o otimismo com a recuperação das vendas pari passu (no mesmo ritmo) à retirada das restrições para funcionamento do comércio e ao retorno dos consumidores. Os executivos participaram nesta quinta-feira, 9, de um debate organizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) para celebrar os 45 anos da entidade.

    O CEO do grupo Almeida Junior, Jaimes Almeida Junior, comentou que a melhora está acima do previsto. “Eu sabia que isso iria vir, mas está vindo de forma muito acelerada.

    Mercado está se mostrando extremamente positivo”, afirmou.

    O executivo disse que sua principal preocupação está no desemprego elevado e na inflação crescente, além da tensão política. Esta última foi classificada como “uma instabilidade totalmente desnecessária” por ele.

    Já pelo lado positivo, Almeida Junior apontou o avanço da vacinação graças à chegada das doses das farmacêuticas e da vontade da população brasileira em se vacinar, ao contrário do que tem sido visto em parte dos Estados Unidos. “A pandemia parece endereçada”, disse.

    Por sua vez, o CEO da AD Shopping, Helcio Fernandes Povoa, reforçou a visão de que a recuperação das vendas vai continuar em andamento. “Acredito que o fim de ano será muito positivo, com vendas muito fortes. Um Natal como não temos há muito tempo. Apesar de alguns lojistas estarem com pouco estoque”, declarou.

    O CEO da Aliansce Sonae, Rafael Sales, destacou que as vendas em alguns shoppings da rede já superaram os níveis pré-pandemia e também reiterou a perspectiva de continuidade da recuperação. Um desafio, segundo ele, está no processo de integração das lojas físicas ao ambiente online, que tem exigido das redes de shoppings investimentos na construção de plataformas de vendas multicanais.

    Vander Giordano, vice-presidente institucional na Multiplan, lamentou que as autoridades públicas tenham determinado o fechamento dos shoppings sem contrapartidas de isenção ou postergação de cobranças de impostos, enquanto outras atividades permaneceram abertas.

    Giordano lembrou que a Multiplan concedeu mais de R$ 1 bilhão de descontos ou adiamento de cobranças de aluguel e taxas condominiais de lojistas como forma de ajudar a dar fôlego financeiro as varejistas. A estratégia, segundo ele, foi bem sucedida e manteve a ocupação dos empreendimentos em níveis saudáveis.

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