• Rayssa Leal: ‘carregar o troféu de campeã mundial no Brasil não tem preço’

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  • 06/11/2022 14:52
    Por Marcio Dolzan / Estadão

    Rayssa Leal viveu uma manhã de muitas emoções neste domingo. Ela entrou na pista montada na Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, como favorita para conquistar o Super Crown e se sagrar campeã da Liga Mundial de Skate Street (SLS, na sigla em inglês), mas por pouco não viu o sonho acabar ao sentir uma dor no abdômen logo em sua segunda apresentação. Recuperou-se em seguida, voltou pra pista e conquistou o mundo graças a sua última manobra – uma tradição já em sua ainda curta, porém vitoriosa, carreira.

    Após a final, a skatista brasileira afirmou que não sabe exatamente o que aconteceu naquela segunda volta, quando ela interrompeu a descida com dores e fez o ginásio inteiro ficar em silêncio. “Eu não faço ideia, talvez eu tenha respirado de mau jeito, eu não sei… Começou a doer muito”, afirmou.

    “Mas, na hora que eu senti, parou a dor. Comecei a respirar melhor. Só me deu muito medo porque, depois, pensando, se eu tivesse jogado a manobra e tivesse essa dor no meio da manobra? O que eu ia fazer? Mas, pô, deu certo!”

    Com o terceiro melhor desempenho na primeira parte da final, Rayssa foi para as duas últimas disputas do Super Crown – disputada apenas pelas quatro primeiras colocadas – precisando tirar cinco décimos de diferença para a japonesa Funa Nakayama. As duas, porém, falharam na primeira manobra e tudo ficou para a última tentativa. Nela, Rayssa alcançou a melhor nota da competição, com um 7.4. Na sequência, a japonesa fez uma manobra espetacular, mas não o suficiente para convencer os jurados. Assim, o título ficou com a brasileira.

    Após a confirmação, Rayssa Leal se emocionou muito e chorou ainda na pista. “Estar no Brasil e poder carregar este troféu, de campeã mundial, não tem preço. Foi por isso que eu estava tão emocionada, com toda minha família aqui. Eu chorei demais”, declarou.

    A vitória no Super Crown completa uma temporada inesquecível para a skatista de apenas 14 anos. Ela venceu todas as etapas da SLS – além da final no Rio, ela venceu em Jacksonville, Seattle e Las Vegas -, encerrando um ano ainda mais vitorioso que o de 2021, quando foi prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

    Nesse intervalo de tempo, Rayssa mudou bastante. “Melhorou meu físico, a mentalidade também, e eu passei de ano”, brincou. “Estou mais forte, estou mais alta, e isso está me ajudando muito. Eu era muito pequenininha.” De fato, a Fadinha cresceu – mas segue encantando, e conquistando, o mundo.

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