Rating de tênis internacional chega a Petrópolis
Petrópolis começa a introduzir um sistema de rating (contagem de pontos) internacional para tenistas, chamado URT (Universal Tennis Rating). O trabalho já começou e dois professores da cidade, Betinho Édler e Sidnei Martins, já reúnem alunos que integram esse sistema de pontuação que vale para o mundo todo e que abre portas para que seus praticantes ingressem, por exemplo, nas caras universidades dos Estados Unidos.
Com Sidnei, na academia Locatelli e Édler, no Petropolitano, os alunos que começama aprender tênis podem até sonhar alto, vislumbrando um futuro ao conciliar o esporte que praticam com o futuro profissional – ou até ambos. Isto porque as instituições de ensino superior do Tio Sa mjá aceitam esse sistema como uma forma de ingresso aos estudos.
O funcionamento tem normas bem definidas. Trocando em miúdos, o UTR é um sistema global de classificação de tenistas, cujo objetivo é produzir um índice objetivo, consistente e preciso da habilidade dos jogadores no jogo de tênis. Ele classifica todos os jogadores em uma única escala de 16 pontos, independentemente da idade, sexo, nacionalidade ou localidade de uma determinada partida.
Jogadores, treinadores, diretores de torneios, clubes de tênis, ligas de tênis e federações nacionais empregam a UTR de várias maneiras. Estes incluem a seleção de participantes para torneios; recrutamento de jogadores para equipes universitárias; programar partidas competitivas com outras equipes ou indivíduos; encontrar parceiros locais adequados para jogar ou treinar; escolhendo quais torneios para entrar e outros.
O UTR é osistema oficial de classificação da Intercollegiate Tennis Association, da Itália. Em janeiro deste ano, o canal de tênis anunciou sua parceria com a UTR, tornando o sistema de classificação parte da cobertura de eventos do canal de tênis.
E Petrópolis entrou nessa também. De acordo com Betinho Édler, a dificuldade maior de colocar os atletas em pé de igualdade contra outros é com relação ao calendário brasileiro. Ele exemplificou o caso americano, no qual toda a semana tem a realização de um torneio UTR acontecendo, ao contrário do Brasil, onde tais competições são disputadas, em média, duas vezes por mês. Ainda assim, segundo o professor de tênis, é possível abrir essa grande janela de oportunidade para a nova geração de tenistas que está sendo construída na Cidade Imperial.
“No Brasil, o ranking dos tenistas não funciona da mesma forma que nos Estados Unidos. Lá, existem mais competições do que em relação ao que ocorre aqui. Desde que Geovanni Moraes ajudou a trazer essa novidade para o Brasil, há um movimento das escolas de tênis em torno do tema, valorizando ainda mais as técnicas de ensinamentos e consequentemente abrindo caminho para que os jovens brasileiros possam, no futuro, estudar em uma universidade nos Estados Unidos com bolsa de estudos através do tênis”, explicou Édler, que conta com vários alunos cadastrados como Pedro Sistovicz (12 anos), MateusShanuel (10 anos), Felipe Blanc (11 anos), Pedro Tadeu (15 anos), Lucas Ribas (12 anos), João Vitor (11 anos), Vinícius Aragão (18anos), Alícia Gato (10 anos). Da academia Locatelli, apenas Bia Meneses, de 13 anos, foi integrada ao sistema.
Giovani Moraes, que é engenheiro e curiosamente não tem nenhuma ligação com o tênis, é pai de um atleta que pratica esse esporte. Numa dessas andanças pelos Estados Unidos, descobriu a UTR e incluiu seu pupilo nesse sistema de classificação. Viu ali uma boa fórmula que poderia ser aplicada no Brasil, já que a metodologia, criada pela Universidade de Harvard e utilizada inicialmente ao golfe, deu certoem vários países dos cinco continentes.
No Brasil, de acordo com Giovani, muitos tenistas passaram a fazer parte desse sistema quase que universal e que mede a competitividade de cada atleta. “A CBT (Confederação Brasileira de Tênis) tem um ranking, no qual os atletas que fazem parte dela são normalmenteatletas com condições financeiras para se manter profissionalmente. Mas com o UTR é um pouco diferente, já que possibilita a qualquer jogador integrar um rating de pontos desse sistema universal. Os torneios são vinculados e mesmo que um brasileiro jogue uma competição UTR, ele contará pontos. Não é um ranking. É um modelo matemático de pontos, inspirado no golfe e que agora é aplicado no país”, explicou o engenheiro.