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  • 18/05/2022 15:52
    Por Fernando Costa

     A Academia Petropolitana de Letras, presidida pelo dinâmico e empreendedor  professor e escritor Leandro Garcia cujo sodalício em 3 de agosto completará 100 anos de sua fundação e a Editora Literar convidam para a sessão de autógrafos e lançamento de meu livro “Rastros de Luz.” Será no dia 21 de maio de 2022, às 18h, na Casa de Cláudio de Souza, à Praça da Liberdade, 247, Petrópolis, RJ. O evento tem o apoio do Instituto Histórico de Petrópolis, Ordem dos Advogados do Brasil, Terceira Subseção Petrópolis, Academia Petropolitana de Letras Jurídicas, Escritório Costa e Barbosa Advogados, Academia Brasileira de Poesia – Casa de Raul de Leoni e APPO.  O resultado obtido no dia do lançamento será revertido em prol das obras Sociais da APPO. Desde já meus agradecimentos ao acolhimento  e presença.  Sempre estive entre o papel e o lápis. Depois a caneta. Tenho o hábito, desde tenra idade, de guardar meus escritos considerando-os valiosos, pois simbolizam minha existência. No primário havia quinzenalmente, sempre às sextas-feiras – as sabatinas ministradas por nossas professoras. A pauta era composta de desenhos, redação, a matéria lecionada naquele período, terminando, geralmente, com teatrinho e declamação.

    Se nosso pároco aniversariava, eu cuidava da saudação. Lembro-me da visita de Dom José Fernandes Veloso, sagrado Bispo Diocesano, nos anos 1966/70 à Capela de Nossa Senhora da Glória, de Hermogênio Silva. Eu estava à frente dos preparativos…    Por ocasião de minha formatura no Curso de Contabilidade, em 1967, no sempre lembrado Colégio Ruy Barbosa, de Três Rios, os colegas de turma me escolheram o orador. Aceitei o encargo, com júbilo e muita honra. Foi o meu primeiro pronunciamento oficial em grande cerimônia. Assim, foram surgindo as crônicas para as revistas e jornais, perdurando até os dias atuais.  Considerando que as obras por mim publicadas têm objetivo benemerente e social, pensei em reuni-las em um livro, cujo título é “Rastros de Luz”, por ser o culto à história e à memória de minhas personagens, os exemplos, tradições, realizações, a cultura, pois espelham a confiança, a dignidade, deixando um rastro incandescente se alastrando aos corações.  As crônicas são meditações, louvações, clamores, brados, hosanas – pelo pão, leite, parco salário, sofrimento alheio, injustiça, desgoverno – e, por vezes, um culto e reverência a tantos quantos constroem a vida da imperial cidade para os pósteros.

    Elas são diuturnas profissões da fé cristã. Não são um conto, nem obra ficcional, mas a expressão da vivência humana. Refletem a história do município, vista através de minhas modestas lentes. São escritos em diferentes momentos de minha existência.   Não é um compêndio de poesias. Nossos centenários casarões, as hortênsias azuis e lilases feitas de lirismo e beleza, por si, expressam cadência e ritmo. Elas revelam meu amor incondicional a Petrópolis e a seu povo. Nesse percurso, vários leitores me incentivam a reunir os escritos em uma, ou mais edições.  A partir de minha participação, em maio de 1999, no “Colóquio da Língua Portuguesa”, realizado na cidade de Sintra, Portugal, iniciei a elaboração da obra, que está se concretizando, graças ao apoio do professor Paulo César dos Santos. Não medirei esforços em prosseguir na missão de levar minha mensagem de amor e esperança.  Vivemos a época da eletrônica em que insistem em por fim às publicações em livros impressos. Sejam poéticas, críticas ou reflexivas elas são imprescindíveis, porque captam o relacionamento humano. Por isso, hão de surgir novas edições, onde os verdadeiros escritores e poetas da imperial cidade mereçam um lugar á mesa daqueles que constroem providencialmente a vida. Enquanto me restar vitalidade, deixarei fluir no papel as palavras de amor, gratidão e confiança seguindo os passos do apologista e teólogo grego Clemente de Alexandria, que mandava gravar tais palavras em suas sandálias e deixava impressas suas marca de generosidade onde passasse.  Nem a pandemia, o isolamento, a chuva, a dor e o frio são capazes de empanar a alegria em lhes oferecer esta labareda de carinho, nesta tarde que se despede e dá lugar ao anoitecer que, com seu manto, cobre a terra. 

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