Rainha Camilla enfrentou assédio sexual na adolescência com uma ‘sapatada’
A rainha Camilla, do Reino Unido, reagiu a uma agressão sexual quando era adolescente, usando seu sapato para acertar o agressor na virilha, segundo um novo livro sobre a família real.
Camilla estava em um trem para a estação de Paddington, em Londres, em meados da década de 1960, quando o homem ao seu lado tentou tocá-la, de acordo com um trecho de Power and the Palace, de Valentine Low, ex-correspondente real do jornal The Times. Ela relatou o episódio ao ex-primeiro-ministro Boris Johnson quando ele ainda era prefeito de Londres.
“Camilla disse: ‘Fiz o que minha mãe me ensinou, tirei o sapato e acertei ele com o salto'”, contou Low à BBC. “Quando chegou a Paddington, e isso é a parte crucial da história, ela encontrou um homem de uniforme, contou o que havia acontecido, e o agressor foi preso. Ela fez a coisa certa.”
A revelação ganhou destaque nos jornais britânicos nesta segunda-feira, 1º, com manchetes que iam desde o Daily Telegraph, mais formal, com “Rainha enfrentou agressor sexual”, até o sensacionalista The Sun, que estampou “Camilla bateu em tarado com o salto”. Seja qual for a abordagem, o relato reforça a imagem de Camilla como uma mulher prática e firme, que trouxe resiliência à família real.
Segundo Low, a história foi relatada por um ex-assessor de Johnson, que acreditava que o episódio explicaria o forte apoio de Camilla a instituições de caridade que trabalham com vítimas de violência doméstica. A rainha sempre evitou falar publicamente sobre o assunto porque, embora perturbadora, sua experiência foi menos grave do que os ataques sofridos por muitas outras mulheres e meninas.
“Ela não queria chamar atenção para si mesma em detrimento das experiências delas”, disse o autor. O Palácio de Buckingham se recusou a comentar.
Power and the Palace será publicado ainda este mês. O livro, que detalha a relação entre a monarquia e líderes políticos britânicos, já vem despertando interesse após a divulgação de trechos no The Times que sugerem que a falecida rainha Elizabeth II se opunha à saída do Reino Unido da União Europeia. (COM INFORMAÇÕES DA AP)