• Quem é André Ceciliano, ex-investigado nomeado por Lula para cargo no governo

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  • 17/02/2023 17:08
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    A nomeação de André Ceciliano (PT) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o cargo de secretário Especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República mexe com as forças políticas do Rio de Janeiro. Considerado um petista moderado, o ex-presidente da Assembleia Legislativa fluminense tem bom trânsito com grupos que vão do PSD ao PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e foi um dos responsáveis por reaproximar Lula do prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD). Quando esteve à frente da Alerj, ele também se consolidou como um interlocutor privilegiado do governador reeleito Cláudio Castro (PL), que fez campanha por Bolsonaro em 2022.

    O agora secretário de Assuntos Federativos foi acusado à época de articular o voto Castro-Lula, relegando o então candidato Marcelo Freixo (PSB) a segundo plano e ajudando a reeleger o bolsonarista em detrimento do candidato apoiado pelos petistas.

    Rachadinhas

    O ex-deputado foi investigado pelo Ministério Público do Rio no caso das “rachadinhas”, no âmbito da mesma apuração que atingiu o ex-deputado estadual e hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a partir de movimentações suspeitas do ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, reveladas pelo Estadão.

    Durante toda sua carreira política, Ceciliano foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) e atuou por duas vezes como prefeito de Paracambi, de 2001 e 2009, e foi quatro vezes deputado estadual no Rio. Em 2019, assumiu a presidência da Alerj.

    Nas eleições de outubro do ano passado, Ceciliano abriu uma disputa entre petistas e pessebistas pela candidatura ao Senado, rompendo negociação em que Alessandro Molon (PSB) seria o candidato da chapa apoiada por Lula no Estado. Ceciliano manobrou sem sucesso para tentar tirar Molon da corrida. Sem chegar a um acordo, os dois foram candidatos e saíram derrotados, assim como Marcelo Freixo (PSB), que tentou o governo e perdeu para Castro.

    Natural de Nilópolis, no Rio de Janeiro, o secretário viveu a maior parte da sua vida em Paracambi, na Baixada. É casado com a médica Ludimila e pai de dois filhos, Giulia e Andrezinho, como foi apelidado. Formado em Direito, teve ainda passagens pelo mercado financeiro.

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