Quem disse que corrida de rua envelhece?

Tem sempre aquele (a) “espírito de porco” que não faz nada e diz: “Olha! A corrida envelhece… Deixa o rosto todo enrugado”! Vamos aos fatos! Flacidez facial é resultado normal da ação do tempo, principalmente para as pessoas sedentárias que não se cuidam. Todas as modalidades esportivas, até as de maior impacto como o basquete e a própria corrida de rua, se praticada de forma moderada, não provocam flacidez facial. Só o fato de se praticar qualquer exercício as pessoas já ficam de bem com a vida. É fator primordial para exercitar os músculos da face, além de oxigenar melhor a pele fazendo uma faxina em todo o corpo eliminando os radicais livres.

A corrida de rua é uma modalidade de impacto, assim como outras praticadas em academia como o jump e o step (que fui professor durante muito tempo), mas dependendo do domínio da técnica de flexão, extensão do quadril, joelhos e tornozelo pode ser reduzida. No caso da corrida, como é feita ao ar livre, o que existe é a falta de cuidados básicos como o uso do protetor solar, lavar bem o rosto depois da corrida e usar cremes hidratantes de acordo com a textura da pele. Vale também para os homens.

A discussão maior gira em torno dos (as) atletas de elite, cujo treino de alta intensidade gera mais radicais livres do que o corpo possa anular e/ou estabilizar. Portanto, não é a corrida em si que envelhece, tampouco deixa o rosto todo enrugado. É mais um álibi fútil de quem não pratica nada. Em minha opinião, essa questão das rugas são mais bonitas nas pessoas felizes e de bem com a vida. Se a corrida envelhecesse, sendo as mulheres de modo geral mais vaidosas, como se explica o número de mulheres na corrida de rua estar aumentando tanto no Brasil e no mundo? Na corrida dos trabalhadores em Petrópolis, 563 mulheres completaram a prova contra 524 homens. Portanto, não é a corrida que envelhece e sim o mau humor. Sabe aquelas pessoas que estão sempre de cara amarrada? Não tem creme ou milagre que dê jeito.

**Literatura Sugerida: VANCINI, Rodrigo Luiz et all. Influência do exercício sobre a produção de radicais livres. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde (2005).