• Quebra dos dentes com ovos de Páscoa pode ser consequência de fissuras

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  • 29/03/2016 15:40

    Com o calor ainda intenso, é comum que os chocolates tradicionalmente trocados na Páscoa, celebrada no último domingo (27), sejam guardados na geladeira. A consequência pode não ser agradável, já que o alimento fica com uma consistência mais dura; uma mordida e um dente quebrado. Mas o ovo não é o único vilão.

    Ao consumir alimentos ou bebidas com temperaturas opostas e extremas (quente X gelado), a pessoa contribui para que pequenas fissuras surjam nos dentes. Isso acontece devido ao choque térmico que afeta o esmalte, camada externa do dente. Segundo o cirurgião dentista do Instituto Rio, Márcio Marques, com o passar do tempo, a fissura pode realmente se romper, ocasionando a quebra do dente.

    “Quando exposta a temperaturas extremamente baixas ou altas, a estrutura do dente passa pelo processo de expansão e contração, o que causa micro fissuras ao longo do tempo”, explica o dentista.

    Os dentes da frente são os que sofrem o maior impacto, absorvendo a temperatura de alimentos como uma sopa, que pode chegar a 80º C, seguida de um gole de chope gelado a 4º C. O ato de morder um alimento extremamente duro também não é recomendável, mas o fato é que a quebra não acontece “de repente”.

    “Aquele dente certamente já estava trincado e o processo de expansão e contração foi progredindo”, explica Márcio Marques.

    A reparação dos danos pode ser feita na clínica multidisciplinar Instituto Rio, na Rua Marechal Deodoro, 119, salas 12 a 14, no Centro. A clínica também tem sede no município de Cabo Frio, na Av. Teixeira e Souza, nº 2.277, sobreloja, no Braga. Mais informações pelo telefone: (24) 2231-0365.

    Sobre a estrutura do dente

    O esmalte é uma estrutura cristalina semelhante ao vidro. As pequenas rachaduras afetam apenas a camada externa, já que a dentina, que forma o corpo do dente, é mais resistente.

    “A expansão e contração repentinas são capazes de produzir trincas no esmalte. Elas podem ser tão discretas que apenas o dentista consegue identificá-las”, diz o especialista, acrescentando que o esmalte racha, mas ainda continua preso à estrutura interna. O problema se torna visível e incômodo quando a “lasca” de dente se desprende e cai.

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