• ‘Quatro por Quatro’, novela que revelou Letícia Spiller, estreia no Globoplay

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  • 07/11/2022 15:51
    Por Estadão

    A partir desta segunda-feira, 7, a novela Quatro por Quatro está disponível no Globoplay. Escrita por Carlos Lombardi, exibida entre 1994 e 1995, a produção foi responsável por alavancar a carreira de atriz da ex-paquita de Xuxa, Letícia Spiller, que teve seu primeiro papel de destaque em um folhetim da Globo.

    A trama consistia em quatro mulheres – a dondoca Abigail (Betty Lago), a dona de casa Auxiliadora (Elizabeth Savala), a tímida secretária Tatiana (Cristiana Oliveira) e a manicure Babalu (Letícia Spiller) -, que se encontram pela primeira vez após serem presas depois que seus carros se chocam no trânsito caótico do Rio de Janeiro. Na mesma cela, elas descobrem que todas haviam perdido o homem amado no mesmo dia e, então, decidem se vingar deles.

    A partir daí, começam um plano para destruir as vidas de Gustavo (Marcos Paulo), Alcebíades (Tato Gabus Mendes), Fortunato (Diogo Vilela) e Raí (Marcello Novaes), pares de Abigail, Auxiliadora, Tatiana e Babalu, respectivamente.

    Quatro por Quatro substituiu o remake de A Viagem e antecedeu Cara e Coroa, de Antônio Calmon.

    Sucesso de Babalu

    Primeiro grande papel de Letícia Spiller, que já tinha feito participações em humorísticos da Globo e na novela Despedida de Solteiro (1992), Babalu rendeu à atriz alguns prêmios de revelação e reconhecimento do público.

    O sucesso da personagem foi tão grande que seu estilo tomou conta das ruas: tamancos com meias soquete coloridas, shorts minúsculos, blusas estilo cigana com ombros de fora e arcos de cabelo viraram moda. O vocabulário da personagem também ficou na boca do povo: “bofe”, “mona”, “babado” e “uó” também fizeram sucesso.

    Da novela para a vida real, a atriz e o seu parceiro de cena, Marcello Novaes, se tornaram namorados e casaram. Da relação, que começou em 1995 e durou até 2000, nasceu o também ator Pedro Pena Spiller Novaes.

    Tramas paralelas

    A novela também contou com uma trama paralela em que os médicos – e primos – Gustavo e Bruno (Humberto Martins) disputam o amor e a guarda de Ângela (Tatyane Fontinhas Goulart), que tinha sido abandonada pelo pai, Bruno, quando este ficou traumatizado após a morte da esposa. Depois disso, a menina foi adotada por Abigail e seu marido.

    Enquanto tenta se vingar de seu ex-noivo, Tatiana também se envolve com Bruno, que, além de tentar se curar do trauma, precisa se livrar da paixão enlouquecida de Suzana (Helena Ranaldi).

    Polêmica

    Algumas passagens da novela podem não ter sido questionadas na época em que foi ao ar, nem mesmo quando foi reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, em 1998, mas atualmente seriam muito mal vistas por grande parte do público. Uma delas é quando, em uma das tentativas de vingança, Elizabeh Savala faz ‘black face’ (pintar o corpo com um tom escuro para imitar pessoas negras) se passando por uma moradora de uma favela do Rio de Janeiro.

    Curiosidade

    Uma das curiosidades da novela foi a participação do jogador de vôlei Tande, que viveu ele mesmo. Na história, ele era um morador recente do prédio em que morava Alcebíades s e sua nova mulher, Elisa Maria (Lizandra Souto). Elisa e Tande eram amantes. Depois da novela, os dois se reencontraram e começaram a namorar. Em 1996, os dois casaram e o casamento durou até 2012.

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