• Quase um mês após a retomada, pacientes enfrentam lentidão para reagendamento de consultas eletivas

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  • 02/10/2020 17:05

    Os meses de suspensão dos atendimentos eletivos da saúde geraram uma demanda que vai precisar de esforços para ser absorvida nos próximos meses. Quem precisa do atendimento enfrenta lentidão para a remarcação de consultas e exames. Os atendimentos eletivos foram retomados no início do mês de setembro e vêm operando com 30% da capacidade, seguindo normas e regras de segurança contra a Covid-19. As cirurgias eletivas, que estavam suspensas na última semana por falta de medicamento para uso em anestesias, já foram retomadas. Mas a demanda de exames e consultas ainda não tem previsão de quando será totalmente suprida. 

    A paciente Idelete Cristina Brand, de 49 anos, é uma dessas pacientes que aguarda a remarcação. A saga pelo atendimento já se arrasta há pouco mais de um ano. Em abril do ano passado, ela recebeu o encaminhamento para fazer uma biópsia no útero. O exame só foi feito um ano depois. E agora, Idelete aguarda que sua consulta na ginecologia do Hospital Alcides Carneiro (HAC), que estava marcada para junho, seja reagendada. 

    “Meu retorno estava marcado para o dia 23 de junho. Mas um dia antes me ligaram pra desmarcar a consulta. Até entendo, por causa da pandemia, só que não entraram mais em contato. Eu ligo pra lá, dizem que não têm previsão de agendamento”, disse Idelete.

    O Núcleo de Primeiro Atendimento Cível da Defensoria Pública no Centro tem recebido diariamente demandas de urgência para marcação de consultas, especialmente nas especialidades de urologia, ortopedia, oftalmologia e ginecologia. Segundo a Defensora Pública Renata Duarte, ainda que o atendimento esteja sendo retomado aos poucos por motivos de segurança contra o contágio do novo coronavírus, a lentidão na remarcação preocupa a Defensoria. 

    A Tribuna questionou a prefeitura sobre como estão sendo feitas as marcações e remarcações de consultas e exames. O município respondeu que os atendimentos das especialidades citadas vêm sendo realizados com datas e horários marcados, e os pacientes sendo contatados através de telefone por parte das unidades de saúde. A prefeitura disse também que muitos pacientes mudam os números de telefone ou não atendem as ligações, o que dificulta a localização para a remarcação dos procedimentos. 

    Ainda segundo a prefeitura, o Centro Municipal de Ortopedia não abriu novas agendas. O atendimento realizado atualmente no local se restringe à demanda gerada durante a pandemia. E esclareceu que já atendeu a metade dos 6 mil pacientes da fila de espera. 

    Em relação à paciente citada, Idelete Cristina Brand, a prefeitura esclareceu que o atendimento não foi realizado devido ao afastamento da médica que faria a consulta, por motivos pessoais. Esta semana, o Hospital Alcides Carneiro entrará em contato com a paciente para realizar um novo agendamento com outra médica e, desta forma, dar agilidade aos procedimentos necessários.

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