Quarteto Guanabara abre temporada da Sociedade Artística Villa-Lobos
A renomada Sociedade Artística Villa-Lobos (SAV) recebe neste sábado, para a abertura da Temporada 2019, às 16h, no Museu Imperial, o Quarteto Guanabara, um dos mais tradicionais grupos de câmera do Brasil, formado por Daniel Guedes e Ramon Feitosa nos violinos, Daniel Albuquerque na viola e Márcio Malard no violoncelo. No Programa, obras de Schubert e Guerra-Peixe. O ingresso custa R$ 80 (inteira) e meia-entrada: R$ 40 (válido para estudantes e idosos).
Fundado em 1968, o Quarteto é considerado um dos mais tradicionais grupos de câmera do Brasil e completou 50 anos de existência. Criado pelo pianista Arnaldo Estrêla e pela grande e saudosa violinista Mariuccia Iacovino, teve em sua primeira formação a presença do violoncelista Iberê Gomes Grosso, um ícone do violoncelo brasileiro, e o violista Federiçk Stephany. Recebeu o nome de Quarteto da Guanabara em homenagem ao antigo Estado da Guanabara.
Com o falecimento de Arnaldo Estrêla, Luiz Medalha se tornou pianista do grupo, e Márcio Malard veio a substituir Iberê Gomes Grosso em 1983. Com o falecimento de sua fundadora Mariuccia Iacovino, Márcio Malard, último remanescente do grupo, decidiu dar continuidade ao trabalho do Quarteto da Guanabara, mantendo sua tradição e importância no cenário musical carioca e brasileiro.
Na sua retomada, o Quarteto assumiu o caráter de quarteto de cordas, e agora sua formação conta com Daniel Guedes e Ramon Feitosa nos violinos, Daniel Albuquerque na viola e o próprio Márcio no violoncelo. A missão do grupo é continuar a tradição do Quarteto da Guanabara de divulgar a música de compositores brasileiros além de trazer para o público as obras dos grandes compositores consagrados. O Quarteto tem buscado em seu repertório unir obras de compositores consagrados como Joseph Haydn, Mozart, Beethoven, Dvorák, Barber, assim como os grandes brasileiros como Villa-Lobos, Guerra-Peixe, Radamés Gnattali, Tom Jobim, além da proposta de sempre divulgar a música dos compositores atuais.
O Quarteto da Guanabara, em sua retomada, tem se apresentado em salas de concerto no Rio de Janeiro, em turnê no interior do estado e também em festivais pelo Brasil, com destaque para o concerto em homenagem aos antigos membros, ocorrido na Sala Cecília Meireles em outubro de 2009, que recebeu crítica do jornal O Globo e posteriormente foi eleito como um dos dez melhores concertos do ano pelo mesmo jornal. Em 2019 pretende comemorar os 50 anos do Quarteto, homenageando seus membros fundadores, e tocando os grandes compositores que fizeram parte da trajetória deste grupo.
O consagrado pianista Miguel Proença se apresenta no segundo concerto da Série no sábado, 25 de maio. Dia 29 de junho será a vez do Trio Gaia, com Sofia Ceccato na flauta, Janaína Selles no violoncelo e Erika Ribeiro ao piano. Já 13 de julho será a vez deKátia Ballousier ao piano e Olivier Yatugafu ao violino. O mês de agosto traz “O Virtuosismo Eslavo”, com João Elias ao piano. Em setembro a programação se encerra com o “Festival Mozart”, apresentado pela Orquestra de Câmara de Barra Mansa, sob regência de Daniel Guedes.
Fundada pela violinista Mariuccia Iacovino, Arnaldo Estrella e Lurdes Tornaghi, aSociedade Artística Villa-Lobos é responsável pelos grandes concertos que há várias décadas o público de Petrópolis tem a oportunidade de assistir. “A SAV é um exemplo de persistência e de tenacidade. Mesmo nos momentos difíceis que o Brasil tem enfrentado, jamais deixou de apresentar os artistas programados e anunciados”, exalta sua atual presidente, Myrian Daueslberg.