• Quantos integrantes do PCC atuam fora do Brasil?

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  • 26/jun 10:21
    Por Ítalo Lo Re / Estadão

    Criada em 1993 na Casa de Custódia de Taubaté, no interior paulista, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se expandiu não só pelo Brasil inteiro, mas pelo mundo. Segundo levantamento do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), existem mais de 2 mil “soldados” do PCC distribuídos por pelo menos 28 países, além do Brasil.

    As maiores concentrações de membros do PCC fora do Brasil estão em países da América do Sul. Segundo o levantamento, que é do final de 2023, na época o Paraguai reunia 699 integrantes da facção. A Venezuela é a segunda, com apenas 43 a menos (656 criminosos), e a Bolívia era o terceiro país com mais membros, com 146.

    Na Europa, o país com mais integrantes da facção é Portugal, com 87. Em seguida estão a Espanha, com 26, e a França, com 11. Depois vêm Holanda, Irlanda e Itália, com 3 criminosos cada, Bélgica, Inglaterra e Suíça, com 2, Alemanha, Sérvia e Turquia (que fica em dois continentes, Europa e Ásia), com 1 “soldado” do PCC cada.

    Nos Estados Unidos, que já incluíram o PCC em uma lista de sanções contra o narcotráfico no mundo, estão 15 “soldados” do PCC, diz o MP-SP. No México, foram identificados outros três.

    No Japão estão 3 “soldados” do PCC, diz o MP-SP. No Líbano foi identificado um criminoso.

    O relatório sobre a presença do PCC pelo mundo foi divulgado inicialmente pelo portal g1 e obtido pelo Estadão.

    O documento tem sido utilizado pelo MP em encontros com consulados e embaixadas para buscar cooperações internacionais. O mapeamento foi feito pelo MP no fim de 2023 com base em informações obtidas por meio do monitoramento de membros que compõem as chamadas sintonias (o que inclui o alto escalão) da facção.

    A presença de integrantes da facção em outros países não necessariamente se dá porque a facção quer ampliar o tráfico de drogas nesses locais. Pode estar relacionada, em vez disso, ao envolvimento com outros tipos de crime, como lavagem de dinheiro.

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