Quando os astronautas da Nasa ‘presos no espaço’ voltarão à Terra?
A Nasa emitiu um comunicado na quinta-feira, 23, afirmando que a decisão sobre a forma como os astronautas “presos no espaço” voltarão não deve ocorrer antes de sábado, 24. Até lá, uma revisão interna da prontidão de voo será feita para analisar as possibilidades de retorno.
Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams foram enviados para um teste de voo no dia 5 de junho, a bordo da Boeing Starliner. Durante a ida, alguns problemas foram identificados, como mau funcionamento em propulsores e vazamentos no sistema de hélio. Assim, a forma como os astronautas devem voltar para casa está sendo questionada.
A Nasa afirma que, desde o início do mês, está fazendo várias análises de dados e testes de propulsores com os engenheiros para entender melhor a aeronave. Com isso, será possível pensar na maneira mais segura de trazer os astronautas para casa.
Enquanto isso, a volta tem sido adiada. A agência já avisou que é possível que os tripulantes fiquem no espaço até o início do ano que vem, à espera de uma carona na próxima missão da SpaceX, a Crew-9. Outra possibilidade de retorno seria na própria Boeing, caso os engenheiros percebam que há capacidade para isso. No entanto, a Nasa afirma que uma decisão ainda não foi tomada.
A ideia inicial era de que a missão durasse apenas uma semana, mas a Nasa adverte que os astronautas estão preparados para eventos extraordinários como esse, e têm suprimentos para ficar durante o tempo necessário. Além disso, recursos como acesso à internet estão disponíveis para Wilmore e Williams.
As duas principais opções estudadas para retorno dos astronautas são a utilização da própria Starliner após análises de segurança, e, em caso de isso não ser viável, a aeronave voltaria sozinha para a Terra. Nessa possibilidade, os dois tripulantes aguardariam a realização da SpaceX Crew-9, e retornariam de carona em fevereiro de 2025. Para isso, a próxima aeronave teria de ir com tripulação reduzida: em vez de quatro aeronautas, enviaria apenas dois.
A Nasa afirma que todas as possibilidades possuem riscos, e que análises minuciosas estão sendo feitas para decidir qual é a melhor saída.