09/03/2021 17:15
O Partido Social Democrático (PSD) lançou, nesta semana, o movimento “Petrópolis precisa de decisão”. A campanha pretende cobrar uma resposta da Justiça Eleitoral sobre a realização ou não de novas eleições. Petrópolis vive um impasse político desde o segundo turno das eleições de 2020. O candidato vitorioso nas urnas, Rubens Bomtempo (PSB), não pôde assumir por ter uma condenação que o tornou inelegível. Por conta disso, o deputado estadual não foi diplomado e quem assumiu a Prefeitura, de forma interina, foi o vereador Hingo Hammes (DEM). Nesta terça-feira, a coluna Les Partisans noticiou que Bomtempo entrou com um novo recurso, que pode gerar uma reviravolta no processo.
Nos próximos dias, o PSD divulgará o link de uma petição on-line para receber assinaturas e ser encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A presidente do partido na cidade, Rosangela Stumpf explicou que o movimento não é contra ninguém, mas, a favor de Petrópolis “pois, não podemos ficar aguardando. A cidade está sendo administrada de forma interina, com um prefeito eleito de forma indireta e precisamos ter um prefeito legítimo, eleito democraticamente”. A proposta do movimento surgiu numa conversa entre a presidente do PSD na cidade com o deputado federal, Hugo Leal, presidente regional do partido, e apoio do pré-candidato, o ex-vereador Leandro Azevedo.
Para o deputado, é importante que o PSD lidere este movimento lembrando que, no pleito de 15 de novembro, o candidato do partido ficou em terceiro. Ele frisou que o movimento é suprapartidário, pois a definição sobre a situação de Petrópolis interessa a todos os petropolitanos e não apenas aos partidos. Rosangela Stumpf disse que decisões importantes precisam ser tomadas, principalmente com relação à pandemia e o desenvolvimento econômico e por isso, a posse de um prefeito eleito pelo povo, com um mandato por quatro anos, lhe dá as garantias necessárias para tomar decisões.
A presidente do PSD ressaltou ainda que o atual governo, mesmo sendo interino, vem tomando as decisões necessárias para administrar a cidade, mas alerta que “são decisões que vivem com o fantasma do temporário, de ser um governo interino, o que compromete qualquer decisão sobre política pública”.