Protetores denunciam morte de cães vítimas de violência e negligência
Três cachorros morreram neste sábado (21) vítimas de violência e negligência em Petrópolis. Em um dos casos, o animal estaria dentro de uma “casinha” em uma obra no Quissamã, onde alguém teria ateado fogo. Outro animal estava abandonado no Monte Florido em estado de inanição e o terceiro foi deixado sem socorro após ter sido atropelado no Siméria. Todos chegaram a ser socorridos e levados para clínicas veterinárias para receber cuidados, mas não resistiram.
Para o protetor Domingos Galante, mortes como essas poderiam ser evitadas se houvesse mais responsabilidade por parte daqueles que adotam animais. “Quem não assume a responsabilidade joga o problema para que outras pessoas resolvam. Mas é necessário que as pessoas exerçam a guarda responsável dos seus animais”, disse.
Local no Quissamã de onde cachorro foi resgatado com 70% do corpo queimado.
De acordo com o protetor, o cão incendiado no Quissamã foi resgatado com 70% do corpo queimado. Ele foi levado para a clínica veterinária Patas e Pelos, no Quissamã, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. O segundo animal foi atropelado no Siméria, mas não foi socorrido a tempo e, ainda que levado para a clínica Amigo Bicho, no Centro, não sobreviveu.
O terceiro cachorro resgatado estava abandonado no Monte Florido, em estado grave de desnutrição. Como os outros, o animal foi levado para uma clínica veterinária, a Amiko, no Cascatinha, mas não foi possível salvá-lo.
Além da responsabilidade individual sobre o cuidado com os animais, o protetor destaca a importância de o poder público ter uma atuação mais efetiva na prevenção desses problemas, mas também realizar resgates. “A Cobea [Coordenadoria de Bem-Estar Animal] tem que trabalhar na prevenção e para resolver os problemas que surgem, fazer plantões durante os finais de semana, ter um Samuvet para socorrer os animais”, disse.
Questionada, a Cobea afirmou que fiscaliza as denúncias de maus tratos e realiza comapnhas permanentes de orientação e conscientização nas escolas e nas comunidades. Além disso, dá suporte em ações que envolvam a causa animal, como nas campanhas de castração realizadas pelo município.
No entanto, o órgão afirma que nenhum desses casos foram denunciados à coordenadoria. O telefone para atendimento da população é o (24) 2291-1505. Outra maneira é fazer um Boletim de Ocorrência (BO) junto à delegacia mais próxima. O responsável deve ser identificado e seu endereço registrado.