Proprietário é notificado sobre estado de conservação de prédio do antigo BB

A revitalização do antigo prédio do Banco do Brasil, na esquina da Rua do Imperador com a Alencar Lima, continua em discussão. A Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica emitiu, pela segunda vez, uma notificação ao novo proprietário do imóvel. Segundo o órgão, os avisos foram autorizados pelo Conselho Municipal de Tombamento Histórico, Cultural e Artístico (CMTHCA), informando que medidas devem ser tomadas em relação ao estado de conservação do prédio.

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A última notificação foi enviada ao proprietário do imóvel no dia 22 de novembro, e respondida cinco dias depois. O Município solicita que ele adote e arque com medidas para restaurar o imóvel, já que ele é tombado tanto pela Prefeitura quanto pelo Instituto Estadual do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac), e por isso possui grande valor histórico. Segundo o novo proprietário do imóvel – que o adquiriu em novembro do ano passado em um leilão –, os assuntos para que as intervenções sejam feitas já vêm sendo tratados com ambos os órgãos. 

A reunião ordinária, na qual o assunto seria tratado, aconteceria na manhã de ontem na sede da Casa dos Conselhos, na Av. Koeler, mas teve o número de membros conselheiros necessários para sua realização. O Presidente do conselho e responsável pela Coordenadoria de Planejamento e Gestão Estratégica, Dalmir Caetano, afirmou que o assunto será tratado na próxima reunião, no dia 15 de janeiro.

A Tribuna de Petrópolis tentou entrar em contato com o proprietário do imóvel para esclarecer a situação. Entretanto, até o fechamento desta edição, não houve sucesso nas tentativas.

Imóvel foi arrematado no final do ano passado

Depois de vários anos de abandono, o antigo prédio do Banco do Brasil, no Centro Histórico, foi a leilão e arrematado no dia 22 de novembro de 2018 pelo valor de R$ 1,8 milhão. A expectativa após a venda era de que o imóvel, que está fechado desde 2012, passasse por restauração e pudesse até ser utilizado.

Os sinais de degradação do imóvel começaram a aparecer tão logo a agência bancária fechou as portas. Em 2016, parte do reboco da fachada caiu. O banco foi notificado pela Defesa Civil (DC) e tapumes foram instalados ao redor do imóvel. Em fevereiro do ano passado, outra medida paliativa para conservação do imóvel foi adotada pelo banco, a partir da instalação de redes de proteção na parte lateral do prédio. 

Cinco meses após a venda, os tapumes de madeira, que já apresentavam sinais de deterioração por causa da exposição prolongada ao tempo, foram substituídos por placas metálicas.

O prédio foi construído em 1926, com projeto do engenheiro João Glasl Veiga e inaugurado em 1928 para servir de sede ao Banco de Petrópolis, no mesmo lugar onde existiu o Hotel Bragança, demolido no século passado.