• Promotor recomenda que prefeitura siga medidas para proteger mães e bebês no HAC

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  • 07/04/2020 08:30

    O promotor de Justiça da 2ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude da Comarca de Petrópolis, Odilon Lisboa Medeiros, expediu na manhã desta segunda-feira (6) uma recomendação à Prefeitura para que retome as regras de circulação e movimento de acompanhantes e visitantes na maternidade do Hospital Alcides Carneiro (HAC). A determinação veio depois que o promotor recebeu denúncias de médicos da unidade sobre o afrouxamento das regras, neste fim de semana, em meio à pandemia do Covid-19 colocando em risco os pacientes e a equipe do hospital.

    “O afrouxamento das regras contraria o que determina a Anvisa e a Nota Técnica de Alerta da Sociedade Brasileira de Pediatria. Sob hipótese alguma as crianças e as mães podem ser colocadas em uma situação de risco de contaminação. Quem fez o pedido, fez de forma equivocada e mais equivocada ainda foi a atitude da direção do hospital, que aceitou afrouxar as regras”, disse o promotor. Segundo ele, a recomendação foi enviada para a Secretaria de Saúde, para o diretor do HAC e o diretor do SEHAC.

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    O promotor explica que as recomendações, tanto da Anvisa quanto da Sociedade de Pediatria, definem que nos quartos não pode ter cama (leitos) a menos de dois metros de distância um do outro e, caso isso ocorra, não é permitida a presença de acompanhante. “Estamos vivemos uma situação de emergência pública e de forma alguma crianças e adolescentes podem ser colocados em situação de risco”, ressaltou o promotor.

    No fim de semana, a Tribuna recebeu denúncias de profissionais preocupados com o afrouxamento das regras na maternidade do HAC.  Segundo eles, a movimentação no setor mostra as dificuldades para evitar a aglomeração de pessoas. Além do vai e vem nos corredores, nos quartos, a distância entre as camas também torna o afastamento preventivo impossível. Em alguns quartos há quatro leitos, o que significa que, se cada um tiver um acompanhante, pode chegar a oito o número de pessoas em um único espaço, sem contar com os bebês. “O momento é extremamente delicado. Quanto maior o número de pessoas, maiores os riscos, inclusive para as mães e os bebês”, lamentou um funcionário.

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