• Projeto de Rossi prevê apoio para a recuperação do comércio no estado

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  • 04/07/2016 09:00

    Segmento que garante dois milhões de empregos em 349 mil estabelecimentos no estado, o setor de Comércio de Bens, Serviços e Turismo pode ganhar uma política pública específica para que possa ser mais participativo no direcionamento de investimentos públicos que garantam sua sustentabilidade. O deputado estadual Bernardo Rossi (PMDB) apresentou à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) projeto de lei autorizando o estado a criar o programa.

    O objetivo é que normas gerais de colaboração entre poderes público, estadual e municipal, e o empresariado, sejam estabelecidas e deem início à discussão e execução de projetos visando sustentabilidade do setor. A importância do setor para a economia pode ser medida pela quantidade de empregos: entre todas as atividades o comércio de bens e serviços alcança 42,6% dos postos de trabalho formais no estado.

    “Existem pontos em que o estado pode atuar diretamente, como na mobilidade urbana. Restrições de pessoas, veículos e carga, por exemplo, afetam significativamente as vendas. Custo de estacionamento também é um entrave para o comércio tradicional e até mesmo os shoppings centers com estacionamentos próprios se ressentem de quedas de vendas em função de engarrafamentos. Então, o poder público, em consonância com o comércio varejista e de serviços, pode fazer a diferença na manutenção de negócios e sua ampliação”, considera Bernardo Rossi.

    O deputado mostra ainda que estudos como o Mapa do Comércio, elaborado pela Fecomércio, mostram as necessidades também dos empregados do setor e que podem e devem ser atendidas pelo poder público. Um dos apelos é pela criação de mais creches. E a explicação está diretamente ligada à quantidade de mulheres em postos de trabalho no comércio: na Região Serrana, 45% dos funcionários são mulheres.

    A meta do projeto de lei é que o estado abra a discussão e inclua a participação dos municípios, onde a organização de trânsito e a ocupação de solo são de responsabilidade das administrações locais, no programa. Em outras áreas, como formação e qualificação profissional, o estado pode intervir diretamente. O poder público também deve atuar em infraestrutura garantindo investimentos em telecomunicações e fornecimento de energia elétrica.

    “Hoje, o diálogo entre todas as esferas públicas e o empresariado para que haja uma atuação conjunta é fundamental para superar a crise e voltar a crescer”, aponta Bernardo Rossi. Em Petrópolis, empresas de serviços e comércio somam 6.273 pontos que alcançam 28 mil postos de trabalho.

    “É um setor que tem imensa capacidade de geração de emprego e renda em todas as cidades, mas em especial na nossa, com vocação turística, onde o comércio de compras precisa voltar a ser mais forte”, aponta o deputado petropolitano.

    Em comparação com a indústria – Petrópolis tem 19.816 empregados em 1.187 empresas – o número de postos ocupados pelo comércio de bens e prestação de serviços, em especial no setor de moda, são 5.903 postos diretos em vendas, mostra que o setor precisa também de atenção. “A alta carga tributária é comum a ambos e uma bandeira que defendo é sua redução imediata como essencial para o crescimento dos dois. 

    Mas, precisamos falar de indústria e comércio na mesma intensidade, com políticas que ouçam os dois segmentos para que o estado, a cidade voltem a crescer”, completa Bernardo Rossi. 

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