• Projeto da Defensoria Pública constata problemas em 51 escolas do município

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  • 16/12/2018 12:58

    Um levantamento da Defensoria Pública apontou diversas irregularidades em 51 escolas de rede municipal. Infiltrações, rachaduras, salas de aula sem ventilação, refeitórios e cozinhas em locais insalubres foram alguns dos problemas encontrados pelo órgão. O trabalho faz parte do projeto pioneiro, chamado "Defensoria Vai à Escola" que foi iniciado em 2015. O objetivo é garantir que os alunos tenham condições adequadas dentro da sala de aula.

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    "Queremos garantir a segurança das crianças, que elas estudem em locais limpos, sem riscos estruturais, que tenham merenda e um ambiente de estudo propício. Encontramos boas escolas, organizadas e com espaços adequados. Isso tem que acontecer em todas as unidades da rede", ressaltou a defensora pública Marília Pimenta, idealizadora do projeto. "Já visitamos 51 e fizemos diversas recomendações à Prefeitura, como a locação de outros prédios, reformas e adequações dos imóveis", explicou a defensora.


    Desde o início do projeto, quatro colégios tiveram que ser fechados, devido às péssimas condições dos prédios, e os alunos transferidos para outras unidades. Dois estavam localizados no Alto Independência – Professora Maria da Glória Queiroz de Vasconcellos e Professora Ernestina Francioni de Abreu -; um no São Sebastião – Centro de Educação Infantil (CEI) Agripino Felício e outro em Pedro do Rio – Nilo Peçanha, fechado esta semana e os estudantes transferidos para a Mosenhor João de Deus, no mesmo distrito. 

    "Em relação a essas escolas, a recomendação foi que os alunos não continuassem nestas unidades. As condições eram ruins e não havia segurança para os estudantes. A Prefeitura poderia alugar outros espaços ou transferir as crianças para outra unidade. No caso do Independência, elas foram para a Escola Municipal Independência, que estava em melhores condições e tinha capacidade para absorver os alunos", comentou a defensora.

    Outra escola – a São Cristóvão localizada na Castelânea – também deve ser fechada e os alunos devem estudar em outra unidade em 2019. Segundo Marília Pimenta, o prédio é inadequado e não há segurança. "Não há circulação nas salas de aulas e, na cozinha, o botijão de gás fica ao lado do fogão. A escola conta com 295 alunos em um espaço que não cabe todo mundo. A recomendação é que a Prefeitura arrume um outro local, adequado, para o início do ano letivo de 2019", disse.

    O levantamento da Defensoria Pública também aponta a realização de medidas urgentes em duas unidades: Comac (Germano Valente) localizado no Centro, e CEI Déa Lúcia Cordeiro, que fica na Rua Cristóvão Colombo. De acordo com Marília Pimenta, várias recomendações foram feitas à Prefeitura que devem ser cumpridas antes de fevereiro, quando tem início as aulas.

    "Na Comac, encontramos muitos problemas. O prédio não tem saída de emergência e nem circulação de ar nas salas, por exemplo. Tivemos que pedir auxílio ao Corpo de Bombeiros para fazer uma vistoria técnica na unidade. A situação é bem ruim", comentou a defensora. O mesmo acontece no CEI Déa Lúcia. Segundo Marília Pimenta, o prédio está tomado por infiltrações. "O teto do refeitório está em uma situação precária. É preciso fazer obras urgentes no local", alertou.

    A defensora está preparando um relatório final do ano de 2018 sobre as recomendações que foram ou não cumpridas pela Prefeitura, e se não houver uma resposta do município sobre as ações feitas nas unidades, a questão será judicializada. 

    Em nota, a Prefeitura informou que em 2017 e 2018, 52 escolas receberam intervenções para garantir conforto e segurança dos alunos. Segundo a PMP, em 2019, mais escolas receberão obras e todas as recomendações feitas pela Defensoria Pública estão sendo avaliadas para garantir o ano letivo dos alunos das unidades citadas.

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