• Projeto Atleta Parceiro, desenvolvido por jovem niteroiense, participa da etapa de Petrópolis da Corrida da Serra

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  • 05/11/2023 08:31
    Por Maria Julia Souza

    Realizar ações de educação ambiental e climática de forma ativa, utilizando o gerenciamento de resíduos como ferramenta. Esse é o objetivo do projeto “Atleta Parceiro”, do jovem niteroiense de 16 anos, Miguel Pereira, que participou da etapa de Petrópolis da “Corrida da Serra”, no último domingo (29). Ele também atua como membro convidado do GAM Jovem e do The Climate Reality Project Brasil.

    “Menos plásticos no Meio Ambiente, esse é o nosso foco. Como os copos utilizados nas corridas tem baixo valor na cadeia de produção, logo não é coletado por catadores e não passa pela reciclagem. Nós coletamos esse material e o reutilizamos, além de reciclar. Realizamos o gerenciamento e a neutralização do carbono de eventos esportivos”, explicou Eliane Pereira, mãe de Miguel.

    Ela ainda explica que os copos são a maior quantidade de resíduos gerados e acabariam sendo levados para o aterro sanitário, ou ficariam pelas ruas chegando aos bueiros, se tornando um facilitador de entupimentos e, consequentemente, de enchentes. “Os que chegassem a rede de esgoto ou rios acabariam no oceano/praia. Nós recolhemos os copos, e após todo o processo de higienização e preparo, os reutilizamos ou reciclamos”, contou.

    Separação de materiais orgânicos e inorgânicos.
    Foto: Arquivo Pessoal

    Durante o evento que aconteceu na cidade, mais de mil copos utilizados na competição foram recolhidos e, após o processo de higienização e preparo, serão reutilizados ou reciclados.

    “A reciclagem é um processo que estamos desenvolvendo. O material, após a higienização, está sendo processado em algo novo. Assim que tivermos vídeo sobre isso, vamos colocar no Instagram dele”, disse Eliane.

    Exemplo de superação

    Atleta de corrida e de Tiro com Arco, do alto rendimento da Seleção Brasileira, Miguel foi diagnosticado em 2020, com Osteomielite Lombar, uma inflamação nos ossos, causada por infecção.

    “Foram dois anos entre internações e tratamentos para restabelecer sua mobilidade. Evoluiu gradualmente do leito para a cadeira de rodas e andador, havendo a possibilidade de ficar na cadeira de forma permanente”, explicou Eliane.

    Por seu exemplo de superação e sua atuação no esporte, Miguel recebeu uma homenagem da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

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