Projeto “2024: Valores da Democracia Hoje” promove abertura de exposição sobre fotojornalismo e ditadura neste sábado
Neste sábado, 28 de setembro, às 19h, o Centro de Cultura Raul de Leoni (Praça Visc. de Mauá, 305 – Centro) receberá a abertura da exposição “Evandro Teixeira, Fotojornalismo e Ditadura: Brasil 1964/Chile 1973”. A atividade faz parte do projeto “2024: Valores da Democracia Hoje” e traz um importante acervo do Instituto Moreira Salles (IMS), que destaca o papel do fotojornalismo na memória das atrocidades cometidas durante os regimes autoritários da América Latina.
A exposição lança luz sobre o trabalho do fotojornalista Evandro Teixeira, cujas imagens retratam a repressão e a luta pela democracia no Brasil durante a ditadura militar. “Esta exposição da arte fotográfica de Evandro Teixeira constitui uma inestimável contribuição ao esforço para que os anos de chumbo jamais se apaguem da memória nacional e impeçam que, no futuro, se repita aquela passado de opressão, dor, morte e tirania”, aponta Frei Betto.
A abertura contará com uma mesa-redonda, intitulada “Para que não se esqueça, para que não mais aconteça”. Entre os palestrantes estão Magali do Nascimento Cunha, que discutirá “Memória, Verdade e Justiça: o trabalho da Comissão Nacional da Verdade”, e Ivo Lesbaupin, que abordará “A Igreja Católica e a ditadura militar no Brasil”. Evandro Teixeira também participará, compartilhando sua perspectiva sobre a resistência e a importância da memória histórica.
O evento é promovido pela Associação de Amigos do Dr. Alceu (AADA), pelo Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade (CAALL), pela Casa Stefan Zweig (CSZ) e por outras instituições que se dedicam a fomentar a reflexão sobre a importância da democracia e a preservação da memória coletiva. Para mais informações, entre em contato pelos telefones (24) 2242-6433 ou (24) 99225-6114 (WhatsApp), ou acesse o perfil @centroalceu_caall.
Sobre Evandro Teixeira
Nascido em 1935 em Irajuba, na Bahia, Evandro Teixeira é um dos principais fotojornalistas brasileiros, com quase 70 anos de carreira, dos quais 47 foram dedicados ao Jornal do Brasil. Seu trabalho abrangeu eventos significativos da história do país, como o golpe militar de 1964 e as manifestações estudantis de 1968, além de ter registrado ícones como Pelé e Ayrton Senna e documentado a fome e a cultura popular brasileira. Seu acervo, com mais de 150 mil fotos, está sob a guarda do Instituto Moreira Salles (IMS) desde novembro de 2019.