• Projeção de consumo em 2% para 2024 esbarra em endividamento do brasileiro

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  • CDL Petrópolis vê cenário preocupante com 66 milhões de endividados, dos quais 120 mil na cidade

    14/abr 08:11
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    O consumidor brasileiro entrou em 2024 com o menor índice de inadimplência em 22 meses. E esse número vem mantendo queda: em janeiro, o número de endividados era de 66,96 milhões de pessoas e, fechou em 66,64 milhões de brasileiros em fevereiro. O número, no entanto, é preocupante ainda que a projeção de crescimento para o comércio seja de 2%, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio Varejista (CNDL). Para a Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, é necessário haver queda da inadimplência e crescimento maior das vendas para significar expansão e solidez dos negócios já existentes. A cidade registra cerca de 120 mil inadimplentes.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em fevereiro deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de janeiro para fevereiro de 2024, o número de devedores caiu ‐0,49%.

    O Indicador aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (40,60%) estavam negativados em fevereiro de 2024. Na comparação com o mesmo período de 2023, o indicador apresentou crescimento de 2,79%.

    “Em curto prazo, a inadimplência ainda não vai cair. É uma preocupação do comércio varejista que depende das vendas, é claro, mas, ao mesmo tempo, está antenada cada vez mais às diretrizes do consumo consciente para manter a vida financeira das famílias saneadas para que não haja desabastecimento de artigos para estes núcleos. As campanhas de recuperação de crédito devem ser multiplicadas para ter um impacto mais forte neste cenário”, defende o presidente da CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad.

    Dívidas são, em média, de R$ 4.399,90

    Em fevereiro de 2024, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.399,90 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,11 empresas credoras, considerando todas essas dívidas. Porém, três em cada dez consumidores (30,36%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 44,39% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de bancos, com 64,46% do total. Na sequência, aparece comércio (11,26%), o setor de água e luz com 10,91% e outros com 7,19% do total de dívidas.

    “A maior parcela é referente a dívidas de mais de R$ 4 mil, superiores à média salarial e mais complicadas de sanar. No entanto, as que ficam entre R$ 500 e R$ 1 mil,  que podem ser mais fáceis de ‘solucionar’, com negociação e parcelamento, são fundamentais para que a população recupere o crédito que também é uma questão social, de ter um poder aquisitivo de volta e mais qualidade de vida”, aponta Cláudio Mohammad.

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