Profissionais da Saúde e Educação enfrentam dificuldades para chegar ao trabalho; PMP garante que greve não afetou serviços
Aulas parcialmente suspensas e carona para chegar às unidades de saúde
Os dois dias de greve dos rodoviários causaram impactos na rotina de todos os petropolitanos. Na Educação, há relatos de escolas que tiveram as aulas suspensas. O filho da Lívia estuda no Centro de Educação Infantil Zilda Arns, e ficou sem aula tanto ontem quanto nesta quinta-feira. De acordo com ela, a suspensão foi anunciada para pais e responsáveis por um grupo de aplicativo de mensagens.
“Na quarta-feira de manhã, por volta de 6 horas, enviaram uma mensagem avisando que não teria aula. No fim do dia, enviaram uma outra dizendo que, caso a greve não terminasse até a manhã de quinta, era para não levar as crianças novamente. Não vi nenhum anúncio oficial, só por mensagem mesmo. Tenho amigas com filhos em pelo menos outras duas escolas e eles também ficaram sem aula, uma só descobriu na hora que chegou pra deixar o filho no colégio”, contou Lívia Nascimento, que precisou adiar compromissos nos dois dias para cuidar do filho.
“É algo que afeta todo o nosso dia, né. Precisei desmarcar alguns compromissos para ficar com ele, mas e quem não tinha o que fazer? Sem contar que a rotina das crianças fica toda bagunçada, ainda mais depois de tantas paralisações nas aulas”, completou a mãe.
Sobre as aulas na rede municipal, a Secretaria de Educação negou que as aulas tenham sido suspensas por conta da greve dos rodoviários. Mas disse que, no entanto, houve dificuldade para profissionais e famílias chegarem às unidades, diminuindo a capacidade total em algumas unidades. Não foi informado o total de turmas e alunos afetados.
Profissionais da saúde vão para unidades de carona
Além dos profissionais da Educação, funcionários de unidades de saúde também enfrentaram dificuldades para chegar ao trabalho durante a greve dos rodoviários. Funcionários do Hospital Alcides Carneiro, por exemplo, dependeram de caronas para chegar à unidade.
Um técnico em enfermagem, que pediu para não ser identificado, conta que só conseguiu chegar ao trabalho porque pegou carona com colegas. Ele mora no Meio da Serra e trabalha em Corrêas.
“Ficamos dependendo de carona, de pegar um carro por aplicativo, tudo na nossa conta. Não recebemos nenhum apoio, só temos que nos virar e chegar pra trabalhar. E não falo só de mim, são dezenas de profissionais que dependem do transporte público e mais uma vez tiveram que buscar uma solução sozinhos”, desabafou.
Já em relação aos atendimentos de saúde, a Prefeitura confirmou que, assim como a vacinação contra a covid-19, que precisou ser suspensa por conta da greve dos rodoviários, os atendimentos nas unidades de saúde do município, como UBSs e PSFs, foram prejudicados.
De acordo com a Prefeitura, parte dos profissionais de saúde não conseguiram chegar aos locais de trabalho. Porém, não houve a necessidade dos atendimentos serem totalmente interrompidos.
*Atualizada às 19h44 para inclusão do posicionamento da Prefeitura.