Procon busca modernização e contratação de mais estagiários
Depois de um ano de muitas fiscalizações e um trabalho atuante nas ruas, o Procon de Petrópolis definiu algumas metas e planos para esse ano que está começando. A principal delas é a ativação do chamado Funcon, uma espécie de fundo financeiro para onde serão direcionados todos os valores de multas que foram aplicadas durante ações de fiscalização e flagrantes.
De acordo com a administração do órgão, com a ativação desse fundo o Procon poderá arrecadar finanças para a aplicação em modernização tanto da infraestrutura quanto do sistema de trabalho.
“Nós pretendemos adquirir um veículo próprio, para poder atender a mais bairros e localidades de Petrópolis. Temos tantas queixas nas regiões de Cascatinha, Itaipava, Posse, onde o Procon atua, mas ainda não há tanta facilidade de deslocamento. Com esse veículo nós poderemos progredir muito mais e atender aos nossos cidadãos com mais eficiência”, disse o coordenador do órgão, Jorge Francis Badia.
Além da compra do novo carro, o Procon tem como meta modernizar a estrutura interna. “Nós deveremos mudar de localização, mas mesmo assim precisamos modernizar nossa estrutura. Comprar equipamentos novos e capacitar nosso pessoal para atender o petropolitano da melhor forma possível”, explicou.
O coordenador disse também que a ideia é investir grande parte do fundo de arrecadação de multas na parte pedagógica. “O fundo também será destinado a ações pedagógicas de consumo. Pretendemos avançar na área da educação para o consumo, assim como fizemos palestras em novembro passado, em dez escolas públicas, com uma equipe explicando às crianças noções básicas de consumo. Vamos entrar nas escolas, aumentando o número de unidades atendidas, e intensificando nosso trabalho, ministrando palestras, propondo redações e a elaboração de uma mascote, o chamado “Proconzinho”, com o intuito de tornar o órgão mais próximo da população e também das crianças”, disse Badia, ressaltando a importância de conscientizar a população desde cedo, enquanto criança.
Para Badia, essas mudanças são “abençoadas”, porque o órgão poderá estar mais presente na cidade. “São recursos muito bem-vindos, porque se o Funcon tem um bom saldo, significa que o Procon está atuante, marcando presença. Mas também se tivermos um saldo ruim, quer dizer que estamos tendo poucos problemas, uma vez que estamos direto nas ruas trabalhando e fiscalizando sempre que recebemos denúncias”, completou.
Projeto para contratar estagiários
O Procon já entrou em contato com as principais universidades da cidade, a Universidade Católica de Petrópolis (UCP) e a Universidade Estácio de Sá (Estácio), para buscar alunos do curso de direito, que estão começando os estudos para prestar estágio, recebendo em troca horas de atividade complementar. “Isso vai beneficiar os alunos e também o Procon. Eles ficarão bem porque precisam dessas horas e também precisam de experiência. Todo mundo que hoje exerce a advocacia já estagiou no Procon ou conhece alguém que já trabalhou no órgão. E a minha ideia é essa: beneficiar os estudantes e também o Procon. É bom até para as universidades, que terão alunos com um complemento de aprendizado prático”, explicou Francis.
Os alunos devem trabalhar cerca de 4 horas por dia, durante um dia da semana, para atender ao público que leva algum tipo de demanda ao órgão. O projeto deve ser colocado em prática nos próximos meses.
O ano de 2015 foi muito positivo
O Procon de Petrópolis considerou o ano passado um passo importante para a modernização e consolidação da presença do órgão na rotina da cidade. “Procurei dar continuidade ao excelente trabalho do meu antecessor, Thiago Gibrail, mas dessa vez busquei dar maior visibilidade Procon. Eu quero aproximar cada vez mais o nosso serviço de proteção ao consumidor da população. Um exemplo disso são as nossas ações que fizemos no Cenip”, disse Badia, citando o projeto “Procon no Calçadão”, onde o órgão disponibilizou tendas na calçada do Colégio Estadual Pedro II (Cenip) com o intuito de auxiliar a população quanto a problemas encontrados na relação de consumo, explicando sobre prazos e requisitos para trocas, reclamações e devoluções. “Nós estávamos lá ouvindo e orientando o consumidor”, disse Badia.
O órgão marcou também a ação de participação nos pactos sociais, que a prefeitura levou às comunidades. “Podemos nos aproximar dos consumidores, que muitas vezes não podem ir ao Procon para fazer a reclamação. Isso nos fez dar mais ênfase à aquisição dos equipamentos necessários a essa aproximação, como o veículo que citei anteriormente”, concluiu Badia, ressaltando que buscou tornar o Procon mais presente e permanente no cotidiano tanto do consumidor quanto do fornecedor, trazendo benefícios para ambos.