Primeiro leilão portuário do ano soma R$ 857,1 em outorgas, com terminais no PR e RJ
O primeiro leilão de terminais portuários de 2025 somou R$ 857,1 milhões em outorgas, com a concessão de quatro áreas, sendo três no Porto de Paranaguá (PR) e uma no Rio de Janeiro. Os leilões foram promovidos nesta quarta-feira, 30, na sede da B3 em São Paulo. No total, 10 proponentes participaram das disputas pelos ativos, que contaram com três vencedores distintos.
Os quatro terminais portuários leiloados nesta quarta-feira somam cerca de R$ 1 bilhão em investimentos diretos, com a maior parte construída nas três áreas do Porto de Paranaguá: PAR15, PAR14 e PAR25. Ao incluir as obras de infraestrutura pública, a cifra chega a R$ 2,1 bilhões. Os terminais paranaenses serão concedidos por 35 anos e o do Rio de Janeiro, por 10 anos.
A maior outorga foi registrada no último leilão da série. O PAR15 foi arrematado pela Cargill Brasil por R$ 411 milhões, após uma acirrada disputa a viva-voz. O operador será responsável por implantar quatro balanças e dois tombadores até o quinto ano de contrato, além de integrar sua operação ao “Píer T”, com capacidade mínima de movimentação de 2,2 milhões de toneladas por ano.
Já a operação do PAR14 foi conquistada pelo BTG Pactual Commodities Sertrading. Com área de 82.436 m?, exigirá investimentos mínimos de R$ 1,187 bilhão, o maior montante do lote concedido nesta quarta-feira. Do montante total, R$ 529 milhões são referentes a aportes no próprio terminal e R$ 477 milhões em infraestrutura pública.
Entre as melhorias previstas estão a construção dos novos berços do “Píer T”, com sistemas modernos de despoeiramento, elevadores de canecas, torres de transferência e balanças de fluxo. A conexão com o sistema Moegão será obrigatória na fase inicial, com a instalação de duas linhas transportadoras capazes de movimentar até 2 mil toneladas por hora.
O PAR25, por sua vez, teve como vencedor o Consórcio ALDC, composto pelas empresas Louis Dreyfus e Amaggi. O grupo saiu vencedor com uma outorga de R$ 219 milhões. O terminal de 43,2 mil m? deve atrair cerca de R$ 565 milhões em investimentos, sendo R$ 233 milhões em aportes diretos no próprio terminal e R$ 331 milhões para obras de infraestrutura pública.
Além das ganhadoras, participaram também das disputas a Rocha Granéis, Arco Norte, Interalli Grãos Terminais, Infra II Investment, Potencial Agro e ITCSI Américas.
Os certames desta quarta atingiram recordes no número de participantes e volumes de investimento no setor portuário, segundo o governador do Estado do Paraná, Ratinho Junior. “Agora, o Porto de Paranaguá passa a ser o único do Brasil a ter todas as áreas regulamentadas e contratos assinados com os prestadores de serviço””, afirmou.
Rio de Janeiro
Com proposta única, o Consórcio Porto do Rio de Janeiro arrematou a concessão do terminal portuário RDJ11, o primeiro a ser leiloado. O grupo vencedor, composto pelas empresas Triunfo Logística e Sul Real GMBL, ofertou outorga de R$ 2,1 milhões.
O RDJ11 terá contrato de modelo simplificado e duração de dez anos. O projeto prevê investimentos diretos de R$ 6,8 milhões e será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral.