• Primeira reunião de comitê sobre tarifas dos EUA reúne Fiesp e diferentes segmentos

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  • 15/jul 11:41
    Por Giordanna Neves e Luiz Araújo / Estadão

    A primeira reunião do comitê criado pelo governo federal para discutir com o setor produtivo ações de proteção ao Brasil frente às tarifas anunciadas pelos Estados Unidos contou com a presença de 18 representantes executivos de diferentes segmentos. Entre os presentes no encontro desta terça-feira (15) está o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, além de representantes dos setores de maquinário, siderurgia e têxtil.

    O nomeado Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais foi oficializado no decreto que regula a Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25). Como primeira missão, o grupo terá o objetivo de ouvir os setores empresariais para detectar as implicações do anúncio de tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto. O comitê, além de ministros, conta com embaixadores.

    Na avaliação do governo, setores que produzem bens tecnologicamente avançados, com demanda mais específica e concentrada, tendem a ser os mais impactados caso as tarifas norte-americanas sejam mantidas. Isso porque esses segmentos enfrentam maiores dificuldades para redirecionar suas vendas a outros mercados. Entre os itens manufaturados com peso relevante nas exportações brasileiras para os Estados Unidos destacam-se, por exemplo, aeronaves e máquinas voltadas para o setor de energia.

    Já no caso dos produtos básicos, o impacto tende a ser menor, pois sua comercialização é menos dependente de nichos específicos. A exportação desses itens favorece uma realocação mais ágil para outros mercados, que tendem a ser redirecionados com mais facilidade a outros países e regiões do que os bens manufaturados.

    Na semana passada, a Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, avaliou que o impacto do aumento das tarifas de importação dos Estados Unidos para o Brasil de 10% para 50% tende a ser pouco significativo no crescimento de 2025, embora alguns setores da indústria de transformação possam ser especialmente prejudicados. A análise constou no Boletim Macrofiscal divulgado na última sexta-feira.

    Veja os representantes do setor produtivo que participaram da reunião

    – Francisco Gomes Neto, Presidente da EMBRAER;

    – Ricardo Alban, Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI);

    – Josué Gomes da Silva, Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP);

    – José Velloso, Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ);

    – Haroldo Ferreira, Presidente-Executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (ABICALÇADOS);

    – Janaína Donas, Presidente-Executiva da Associação Brasileira do Alumínio (ABAL);

    – Fernando Pimentel, Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT);

    – Paulo Roberto Pupo, Superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira

    Processada Mecanicamente (ABIMCI);

    – Paulo Hartung, Presidente Executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ);

    – Armando José Giacomet, Vice-Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI);

    – Rafael Lucchesi, CEO da Tupy;

    – Giovanni Francischetto, Superintendente da Associação Brasileira de Rochas Naturais (CENTROROCHAS);

    – Edison da Matta, Diretor Jurídico e de Comércio Exterior do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (SINDIPEÇAS);

    – Cristina Yuan, Diretora de Relações Institucionais do Instituto Aço Brasil;

    – Daniel Godinho, Diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG;

    – Fausto Varela, Presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer);

    – Bruno Santos, Diretor Executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Ferroligas e Silício Metálico (ABRAFE)

    – Alexandre Almeida, Diretor do Grupo RIMA.

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