• Primavera, ilumine nossos corações

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  • 24/set 08:00
    Por Fernando Costa

    Uma das canções inesquecíveis em minha juventude foi “País Tropical”, composta pelo cantor e compositor brasileiro Jorge Ben e gravada pelo ícone da música Wilson Simonal, em 1969; nesse ano eu já residia em definitivo em Petrópolis.

    Creio haver sido o maior sucesso desse grande intérprete do cancioneiro popular brasileiro, conhecido na intimidade por “Simona”, “Rei da Pilantragem” e “Rei do Swing”.

    Depois dele, Gal Costa, entre outros, a gravaram não com a mesma acústica de Wilson, hoje a habitar os páramos celestiais.  

    A melodia lembra-me a Pátria amada, com ênfase ao calor, temperatura e sensação térmica das cidades do Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT), Palmas (TO), Duque de Caxias (RJ), Nilópolis, Nova Iguaçu, São João de Meriti (RJ), Belém (PA), Bela Vista (RR), Três Rios é esta, minha terra natal; regiões de clima tropical, em que há menos pluviosidade no inverno e no verão.

    Seguindo este diapasão, os visitantes, em Petrópolis, sentem a diferença não só ante a privilegiada natureza, mas, extasia-se por seu clima ameno e acolhedor.

    Desde a infância me acostumei à percorrer a Imperial Cidade de Petrópolis, encantado por sua história, templos religiosos e, intensa vegetação matizada em mil tons.

    A névoa úmida, o clima suave e a cerração popularmente cognominada de “russo”, o meu “fog londrino”, desde cedo chamaram-me a atenção até que numa dessas visitas no período de vestibular decidimos, eu e Célio Barbosa, também trirriense, no ano de 1968 aqui prestar o vestibular para a Faculdade de Direito da Universidade Católica de Petrópolis e nos radicarmos mercê de Deus, para sempre no altar em plena colina.

    Estamos no limiar dos 56 anos neste pedaço de céu e há 51 anos nas lides profissionais do Direito.

    Ronda a memória o aprendizado oriundo dos bancos escolares de que o homem é um ser político, vive em sociedade.

    Isto visto por um ângulo humanitário, contemplativo e romântico.

    Quem sabe? A busca de forma telúrica aos olhos e percuciência de alguns e pueril aos de outros tantos diria que este imenso universo que o Criador nos deu é um condomínio, quer dizer, de domínio comum a todos onde somos meros usufrutuários.

    Cabe-nos o zelo e proteção ao planeta no que concerne à ecologia, equilíbrio ambiental, social e econômico.

    O ano de 2025 se aproxima, mas, antes que ele se finde, em outubro teremos eleições às prefeituras (prefeito e vice-prefeito) e câmaras de vereadores.            

    O povo tem sob sua responsabilidade o poder da escolha de seu representante.

    Presume-se que não haja interesses pessoais, mas institucionais, a Nação como um todo e não as mesquinharias comuns, os conchavos, as armações, a compra de votos e os apadrinhamentos.

    Desde criança ouço falar em voto de cabresto, troca de favores mediante um quilo disso ou daquilo, um par de tamancos ou um naco de pão.

    E o sofrido povo acaba iludindo-se com promessas vãs e tapinhas nas costas.

    Longe de pensar que tanto no passado, quanto na atualidade o Brasil não contou com ilustres e honrados brasileiros.

    É preciso maior discernimento na hora de eleger o candidato, para o bem e pelo bem do País, com os olhos voltados ao coletivo, ao geral e não ao particular.

    Se cada brasileiro se conscientizasse da importância de seu voto, que através dele serão outorgados poderes a seu representante, na condição de Procurador, para agir em seu nome, propugnar em seu nome, contestar em seu nome e lutar em favor desta abençoada terra, com certeza pensaria melhor antes de sufragar seu voto.

    Pena que a grande maioria contenta-se com um sanduíche de mortadela e guaraná, um par de chinelos ou uma cesta básica.

    Há políticos sérios e cumpridores de seus deveres para o bem da Nação.

    Bom mesmo é abrir os braços para recebermos a primavera, que desponta antes do verão. A natureza fica ainda mais bela. Exala perfume.

    Os pássaros, borboletas e cigarras  em sinfonia agradecem aos Céus por tão belo presente.

    E a sábia natureza continua a nos ensinar, primeiro oferecendo flores, os frutos e logo depois, as sementes.

    A temperatura vai, gradativamente, aumentando.

    As águas tornam-se aprazíveis e nos jardins, prados e campinas podemos contemplar rosas, hibiscos, hortênsias, crisântemos, e tantas mais.

    Antes do estresse das eleições venham a  primavera, o verão e as demais estações do ano abençoadas pelo Pai Eterno sob intercessão de Maria Santíssima a Mãe da Divina Graça.

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