• Preso por corrupção só este ano ocupou cargos públicos na Câmara e na Prefeitura

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  • 15/06/2017 07:15

    O ex-assessor Omar Jacob, preso no dia 7 por suspeita de envolvimento em um esquema de corrupção na Câmara Municipal, ocupou cargos públicos no Executivo e também no Legislativo este ano. O que chama atenção é que, embora oficialmente as funções tenham sido exercidas em datas diferentes, a exoneração na Prefeitura, onde atuava desde o início do ano como diretor de Projetos e Convênios do Gabinete do prefeito Bernardo Rossi, foi publicada em Diário Oficial disponibilizado apenas após a prisão, quando ele já exercia o cargo de assessor financeiro da Câmara Municipal, para o qual foi nomeado no dia 1° de junho pelo presidente da Casa, vereador Paulo Igor. Ontem (14), Omar Jacob também foi exonerado dessa função. 

    A confusão de datas se deu porque a publicação relativa à exoneração de Omar Jacob do cargo na Prefeitura foi feita com data retroativa: a informação foi divulgada no dia 6 de junho, mas os efeitos da publicação valiam a partir de 31 de março. Além disso, o Diário Oficial do Município do dia 6, onde foi publicada a exoneração do diretor, foi disponibilizado no site oficial do governo apenas no dia 9, após prazo legal previsto na Lei Orgânica Municipal, de 48 horas após a data de referência. 

    Assim como o governo municipal, a Câmara, que nomeou Omar Jacob no dia 1° de junho, também exonerou o funcionário com data retroativa. A dispensa, publicada ontem, era válida a partir de 7 de junho, data em que ele foi preso. Apesar da confusão, tanto a Câmara quanto a Prefeitura frisaram que o funcionário apenas começou a exercer a função no Legislativo após a exoneração, a pedido do próprio funcionário, no Executivo. 

    Antes de assumir o cargo de assessor financeiro, Omar foi assessor do ex-vereador Marcos Luiz Bernardes Souza, o Montanha (SD). Ele deixou o cargo no dia 31 de dezembro de 2016, uma vez que Montanha não se reelegeu. A prisão de Omar se deu em meio a uma investigação de esquema de corrupção na Câmara, quando ele era assessor do ex-vereador.

    Junto com Omar Jacob foram presos, na última semana, outros 15 assessores e o ex-vereador Montanha. O grupo é acusado de peculato (desvio de dinheiro público), concussão, associação criminosa e falsificação de documento. Dos 17 presos na operação da Polícia Civil no dia sete, cinco continuam detidos em penitenciárias do Rio de Janeiro: Omar Jacob, Omar Ligeiro Jacob, Montanha, Eugênio José da Costa Júnior e Odilene de Souza Serafim. Os outros assessores colaboraram com a justiça e foram soltos. Omar segue preso na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio de Janeiro.

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