Presidente do Inter defende técnico, blinda elenco e lembra da crise financeira
Diante dos boatos e da pressão em cima do técnico Miguel Ángel Ramírez, o presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, participou da entrevista coletiva, e falou logo após o técnico. O dirigente defendeu a manutenção do trabalho do treinador espanhol, blindou o elenco e lembrou das dificuldades financeiras do clube que desenvolve um novo projeto.
“O projeto não é do Miguel, mas é do Internacional. Ele faz parte deste contexto como uma mudança do time jogar, para que o Inter saia de um modelo reativo, que não sofra com a necessidade de jogar com por uma bola”. O dirigente lembrou que o time tem qualidades e que pode melhorar, bem como esta mudança proposta de mudança a médio e longo prazos.
“Temos jogadores importantíssimos no nosso plantel. Sejam aqueles construindo a carreira no clube ou que são jovens estão chegando agora. Este equilíbrio é que o Internacional propõe. Novo trabalho a partir de fevereiro e contamos com todo o grupo, melhorando rendimento e buscando títulos. Em menos de 90 dias, disputamos dois títulos. Um brasileiro e um regional. É para isso que estamos trabalhando. Que o processo seja melhorado e que possamos buscar as vitórias e as conquistas”, enfatizou.
Mas o presidente fez questão de alertar que os reforços podem chegar, porém, dentro das condições reais do clube. “Todos sabem das dificuldades financeiras que o clube vive. A situação não nos permite grandes contratações, mas com muito critério vamos atender às necessidades do elenco. O clube precisa, primeiro, honrar seu compromisso. A responsabilidade é com o grupo atual e não podemos assumir outros compromissos sem termos controle. Estamos trabalhando para buscar soluções dentro deste contexto”.
Ao final do jogo na arena do rival, vários jogadores foram em direção ao árbitro Leandro Vuaden, como Guerrero e Thiago Galhardo. O meia Praxedes exagerou na bronca e acabou recebendo o cartão vermelho. Ninguém deu entrevista nos vestiários. A torcida cobra também o que chama de lideranças negativas, como do goleiro Marcelo Lomba, do volante Edenílson e do meia-atacante Thiago Galhardo.
Cinco anos de jejum de títulos no estadual é o maior desde 1990. A última conquista aconteceu em 2016, quando o Inter era dirigido por Argel Fuchs. Pode vir muito pressão pela frente.