Presidente da Coreia do Sul rejeita pedidos para investigar primeira-dama e oficiais
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, rejeitou nesta quinta-feira, 9, pedidos da oposição para abrir uma investigação independente da sua esposa, a primeira-dama Kim Keon Hee, e de oficiais de alto escalão do governo. Entre as acusações, estão escândalos sobre manipulação do preço no mercado de ações e corrupção.
Depois que seu partido conservador sofreu uma grande derrota nas recentes eleições parlamentares de 10 de abril, o presidente sul-coreano enfrenta o que parece ser seu maior desafio político até o momento, considerando que os partidos de oposição devem estender seu controle da Assembleia Nacional até 2028.
Em uma coletiva de imprensa, Yoon pediu desculpas pelo que chamou de “comportamento imprudente da minha esposa” ao aceitar a bolsa Christian Dior de um pastor coreano-americano, registrada por câmeras de espionagem, mas se recusou a entrar em detalhes porque o escândalo está sendo investigado pelos promotores.
Yoon descreveu a demanda por uma nova investigação especial sobre a alegação de manipulação no preço das ações pela primeira-dama como uma ofensiva política, já que Kim não foi acusada ou condenada por investigações que começaram quando o Partido Democrata estava no poder. Em janeiro, Yoon já havia vetado um projeto de lei que pedia a nomeação de um advogado independente para investigar a acusação sobre o preço das ações.
O presidente também deixou claro que se opõe a outro pedido do Partido Democrata para uma investigação especial sobre as suspeitas em torno da morte de um fuzileiro naval que se afogou durante uma busca por vítimas de enchentes em 2023. Persistem dúvidas sobre porque o fuzileiro foi enviado sem equipamento de segurança e por qual motivo o governo tentou impedir a responsabilização de funcionários do alto escalão.
Yoon ressaltou que a polícia e uma agência de investigação anticorrupção já estavam examinando o caso e que aprovaria uma nova investigação independente somente se as autoridades responsáveis não conseguirem resolver as suspeitas públicas sobre o caso.